Segundo estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, mais de 100 empresas do setor cresceram mais que a inflação em 2015.
As 300 maiores varejistas do Brasil empregam, juntas, mais de um milhão de brasileiros – só as empresas do top 10 geram mais de 444 mil vagas. Os dados são do estudo realizado pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), com o apoio técnico da KPMG, BTR e Varese, que mapeia a importância de redes regionais e o esforço dos varejistas para manterem suas operações lucrativas diante da situação econômica do País. A pesquisa também resulta no Ranking SBVC do Varejo 2016, com as 300 maiores organizações do setor.
Em sua segunda edição, a análise concluiu que a soma do faturamento das “top 300” é de R$ 531 trilhões, o que representa 23,62% do total do varejo nacional de bens e consumo (exceto automóveis e combustíveis), de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
“Vale um destaque para a operação de redes médias e regionais com uma gestão mais simples que permite maior velocidade de adaptação as demandas do mercado. O estudo mostrou que quanto mais complexa a operação mais difícil de mantê-la produtiva, principalmente em períodos de incertezas econômicas”, aponta Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e idealizador do Ranking.
O estudo também aponta que as redes varejistas mexeram rapidamente em seus processos para se adequarem a queda do consumo. Para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente e conselheiro da SBVC, no último ano, o varejista olhou para os processos e entendeu a necessidade de mudança. “Ao contrário do que muito se fala o mercado não está parado. O varejo fez a lição de casa, acelerando ajustes para limpar os excessos e aumentar a produtividade. Nos últimos dois anos, os varejistas adotaram medidas que dificilmente seriam tomadas em dez anos de expansão”, complementa.
Das 300 empresas avaliadas, 102 cresceram mais de 10% em 2015, ou seja, ganharam da inflação. Outro dado positivo, que mostra a maturidade do setor, é que 109 das 300, já faturam mais de R$ 1 bilhão.
Terra entende que a recessão econômica irá deixar uma herança positiva, o aumento da qualidade na gestão e o aumento da produtividade nas redes, “Enxugar custos, rever processos e analisar melhor investimentos, provocou um aumento na curva eficiência das empresas do setor”, explica.
Fonte: NoVarejo