Inspirados pelo desenvolvimento de plataformas de economia compartilhada, os empreendedores brasileiros querem apoiar os pequenos cozinheiros
O cheiro de comida caseira conquista até mesmo os mais aficionados por restaurantes de alto nível – é quase nostálgico. Uma startup brasileira quer garantir que essa experiência possa se repetir cada vez mais para seus usuários: a Localchef conecta pessoas que desejam pedir comidas caseiras a uma rede de cozinheiros autônomos.
A ideia partiu dos empreendedores paulistas Simone Utiyama, Celso Misaki e Luiz Miazato, que fundaram a plataforma em maio deste ano como uma iniciativa colaborativa de geração de renda extra para quem gosta e cozinha bem por prazer, mas não tem produção industrial. “Somos apaixonados por modelos inovadores de economia criativa, economia compartilhada, tecnologia e gastronomia. Reunimos estes novos conceitos na mesma plataforma”, define Celso Misaki, um dos sócio-fundadores e CEO da startup.
Disponível atualmente na Região Metropolitana de São Paulo, a ferramenta oferece opções de acordo com a proximidade do usuário que faz o pedido. Para fazer o pedido, basta que o usuário acesse o site e coloque seu CEP para acessar uma lista de cozinheiros dentro de um raio de dez quilômetros. Atualmente são 200 pratos disponíveis para escolha.
“Queremos oferecer comida caseira a um valor acessível, gerando uma renda extra para quem cozinha bem, mas não tem estrutura para comercializar ou divulgar suas receitas”, explica Misaki. Os sócios incentivam o pequeno produtor, desenvolvendo o comércio local, além de promover independência para quem faz gastronomia caseira. “O diferencial que buscamos é empoderar esses profissionais, que atuam de forma autônoma, e agora podem ter a sua produção escalada por meio da plataforma”, destaca.
A Localchef intermedeia todo o processo de pedido entre o usuário e o cozinheiro, desde o pagamento até a realização da entrega do prato. Todo o trajeto logístico é feito via motoboy numa parceria da startup feita com a Loggi, empresa especializada em serviço de motofrete.
De acordo com Misaki, o tíquete médio dos pedidos realizados é de R$ 140, já que os consumidores pedem mais de um prato por encomenda. O preço médio do prato é R$ 30.
Planos
Com cerca de 40 chefs e 500 usuários cadastrados, o investimento inicial próprio dos fundadores está na faixa de R$ 300 mil. A expectativa é que o até o fim do ano a plataforma tenha cinco mil usuários, com cerca de 300 chefs cadastrados e com a expansão do serviço para outras praças do País. No primeiro mês de funcionamento, 100 pedidos já foram atendidos. A expectativa é que esse número cresça para mil até o fim do ano. Além disso, será lançado um aplicativo mobile para as plataformas Android e iOS.