A Arezzo&Co, dona das marcas Arezzo, Anacapri, Schutz, Alexandre Birman e Fiever, anunciou que vê pela frente um cenário de despesas mais altas, mas ainda assim poderá manter a sua margem de lucro estável no ano. A companhia também informou que avalia opções de aquisição no mercado brasileiro, embora seu foco seja o crescimento com as marcas que já possui – Arezzo, Anacapri, Schutz, Alexandre Birman e Fiever.
“É notório que houve um aumento da oferta de oportunidades de aquisições. Empresas que já haviam sido ofertadas no passado estão oferecendo condições mais favoráveis. Estamos avaliando”, afirmou Alexandre Birman, presidente da companhia.
Em 2011, a Arezzo chegou a negociar a compra da rival Santa Lolla, por um valor em torno de R$ 150 milhões, sem sucesso. A marca possuía na época 105 lojas. Atualmente conta com 128 unidades, entre lojas próprias e franquias.
Birman acrescentou que o problema para fazer aquisições são as condições das empresas, que apresentam resultados muito baixos ou prejuízo. “No momento, questionamos se vale à pena o esforço de resgatar uma marca, sendo que temos muito em casa para melhorar com as marcas que já possuímos”, afirmou o executivo.
A Arezzo encerrou o primeiro trimestre com queda de 19,1% no lucro líquido, para R$ 14,7 milhões. A piora no lucro foi associada a despesas mais altas da companhia com lojas na internet, a abertura da nova loja em Los Angeles, nos Estados Unidos, e a construção de um centro de distribuição no Espírito Santo. A receita aumentou 9%, para R$ 257,5 milhões.
“As despesas devem continuar trazendo impactos ao longo do ano. As despesas deste ano aumentarão mais do que a receita”, afirmou Thiago Borges, diretor financeiro e de relações com investidores da Arezzo&Co. Ele informou que, apesar disso, a margem de lucro deve ficar estável com o aumento nas vendas de produtos a preço cheio (sem descontos).
Birman disse que as marcas Arezzo e Alexandre Birman têm apresentado resultados mais positivos, porque muitas consumidoras das classes A e B reduziram viagens ao exterior e estão consumindo mais produtos nacionais. Em relação à marca Anacapri, o executivo informou que as vendas de tênis, que representam 30% do portfólio, têm tido bons resultados. A marca Schutz foi a única com queda no trimestre, de 5,2% em volume, devido à demanda mais fraca em redes multimarcas, principalmente em cidades de pequeno porte.