16/10/2015 às 05h00
Por Tatiane Bortolozi | De São Paulo
A receita da multinacional angloholandesa de bens de consumo Unilever avançou 9,4% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2014, para 13,4 bilhões. O aumento foi impulsionado por uma base fraca de comparação na China, o forte desempenho da categoria de sorvetes e a melhora de vendas na América Latina, além de impacto positivo de 2,9% do câmbio. O volume vendido no Brasil, na Argentina, no México e na Colômbia avançou entre janeiro e setembro deste ano e houve bom desempenho em desodorante spray e no segmento de sorvete premium. A empresa produz os sorvetes Kibon e Ben & Jerry’s, os xampus Seda e Dove, o sabão Omo, entre tantos outros produtos. Em uma base ajustada exclui o impacto de aquisições, vendas de ativos e câmbio houve aumento de 5,7% nas receitas, com crescimento de 4,1% em volume e 1,5% em preço. Um ano antes, a empresa teve de reduzir o volume de vendas a varejistas na China, pois tinha exagerado na previsão da demanda. Por isso, a base de comparação é fraca. O clima quente neste ano estimulou a demanda por sorvetes e o aumento de preços na América Latina também fortaleceu a receita. Nos mercados emergentes, que fazem 60% das receitas da multinacional, as receitas ajustadas cresceram 8,4% no trimestre, ante aumento de 5,6% um ano antes. A empresa teve crescimento de dois dígitos das vendas ajustadas na América Latina, com reajuste de preços para compensar aumentos de custos. O volume cresceu “apesar de condições macroeconômicas desafiadoras e da renda do consumidor ser comprimida pela desvalorização da moeda”. As vendas tiveram alta de 2,1% em mercados desenvolvidos no trimestre, comparado a queda de 2,5% um ano antes. A América do Norte voltou a crescer e a Unilever teve bom desempenho no Reino Unido, Alemanha e Europa Central e Leste. A Unilever reafirmou a projeção de crescimento das receitas ajustadas entre 2% e 4% neste ano.
Valor Econômico – SP