12/06/2015
Flávia Milhassi
São Paulo – Redes de cafeterias como Starbucks, Dunkin’ Donuts e Octavio Café se diferenciam no mercado devido ao apelo aspiracional de suas marcas. Ao transformar o tradicional café em bebidas mais sofisticadas, elas conquistam novos clientes diariamente.
Enquanto algumas redes expandem com lojas próprias como a norte-americana Starbucks, outras como a brasileira Octavio Café buscará no franchising o fortalecimento da marca. “Este ano vamos abrir duas unidades no aeroporto Viracopos, em Campinas, para em 2016 expandir com franquias”, afirmou ao DCI o CEO da empresa, Edgard Bressani.
Com uma unidade em São Paulo, na Avenida Faria Lima, a marca, além de exportar para 20 países, aposta na venda de cafés especiais e customizados. “Na loja temos o blend station, em que o consumidor pode misturar e escolher o que mais lhe agrada entre os 20 tipos diferentes que produzimos. Assim, cria seu próprio café.”
Além da customização, a Octavio Café também tem apostado no segmento de cápsulas para máquinas de cafés residenciais. “Fechamos parceria com a Nespresso para o desenvolvimento de cápsulas compatíveis à máquina. O nosso diferencial está na venda em supermercados e em empórios, enquanto as cápsulas na Nespresso são vendidas apenas na loja da marca ou no site”.
Na opinião da diretora do Grupo Bittencourt, Claudia Bittencourt, crescer com franchising não faz a marca perder qualidade. “Cafeterias podem, sim, ser replicáveis pelo sistema de franquias. Temos muitos exemplos promissores de redes que se mantêm no mercado há muitos anos, como Casa do Pão de Queijo, Café Espresso e o Rei do Mate por exemplo. O importante nesse segmento é manter a rede atualizada em processos e sabores”, explicou Claudia.
Mercado promissor
A especialista em franchising explicou que diferentemente do que muitos acham, nem sempre as marcas internacionais de cafeterias são as mais procuradas pelo investidor brasileiro. “Apesar de importante, a marca não é o único fator relevante na escolha. Pode acontecer de um negócio novo ser extremamente promissor e oferecer melhores condições de ganho futuro do que uma consolidada”, disse.
No Brasil, as empresas do ramo contam com um grande impulso, já que o País é produtor e o consumo do grão de café cresceu 1,24% no ano passado. “O País é o maior produtor de café e o segundo maior mercado consumidor. A relação da Starbucks com o Brasil é desde a sua fundação, em 1971, comprando grãos brasileiros que fazem parte dos blends que vendemos por todo o mundo”, disse ao DCI o diretor-geral da Starbucks Brasil, Norman Baines.
Com 100 lojas próprias no Brasil, divididas em 17 cidades no eixo Rio-São Paulo, a rede diz ter na apresentação dos produtos o maior diferencial. “Temos como filosofia o terceiro lugar. Ou seja, o primeiro local frequentado pelos clientes é a casa, seguido do trabalho. E o terceiro buscamos que seja uma das lojas Starbucks, oferecendo um espaço confortável, com cafés especiais, bebidas exclusivas, além de cardápio com comidas e sanduíches pensados especialmente para o paladar do brasileiro”.
Consumo
Ao atender da classe A até a C, a marca diz ter adaptado produtos ao mercado nacional. “O cliente pode escolher entre dois tipos de grãos para degustar o espresso nas lojas. Brasil Blend, café de torra média, ou Espresso Roast, café de torra escura. Em ambos os casos, ele vem acompanhado de um mini muffin de chocolate. O outro produto é o pão de queijo”, afirmou o executivo. E completou: “A curto prazo, continuaremos expandindo no eixo Rio-São Paulo, pois ainda há muitas oportunidades para abertura de novas unidades, em diferentes clusters – como dividimos os nossos canais: lojas de rua, shoppings, prédios comerciais, universidades, aeroportos e hospitais”.
DCI – SP