07/11/2014 Avanço do private equity deve ocorrer nos próximos quatro anos e atingir 3,5% do PIB O capital comprometido pelos fundos de private equity (PE) e venture capital (VC) deve apresentar um crescimento médio de 17% ao ano até 2016 e alcançar 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com Claudio Furtado, diretor do Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (GVcepe). Para isso, o diretor ressalta que foi considerado um avanço do PIB de cerca de 4%. No entanto, a expectativa de expansão da economia para este e o próximo ano é bem menor, 0,24% e 1%, respectivamente. O fraco crescimento, no entanto, não preocupa Furtado que lembra que na crise de 2008 o setor apresentou avanço do capital de 15% ao ano. Quando fizemos o levantamento, as projeções eram de que o PIB cresceria neste ritmo. Como não deve ser, é possível que o total do capital comprometido em relação ao PIB chegue aos 3,5% mais rápido, diz. A estimativa foi feita a partir do relatório Overview of the private equity & Venture Capital Ecosystem in Brazil 2010-2012 (Uma visão geral do ecossistema de private equity e venture) realizado pelo GVcepe em parceira com o escritório Pinheiro Neto Advogados, que analisou a indústria no período de 2010 a 2012. De acordo com o estudo, os fundos de PE tiveram rentabilidade média de 17,1% ao ano no período. O estudo considerou 214 fundos que tinham mais de 12 meses de existência no período de apuração. Durante o evento, a Advent Internacional anunciou a captação de US$ 2,1 bilhões para o seu sexto fundo dedicado à América Latina. O Advent Latin American Private Equity Fund VI atingiu o objetivo em menos de seis meses após o início da captação. Seguindo a mesma estratégia dos anteriores, o foco será empresas na América Latina, especialmente no Brasil, Colômbia e México, dos setores de serviços e serviços financeiros; saúde, indústria e infraestrutura; e varejo, consumo e lazer. De acordo com o diretor gerente da Advent Internacional, Mario Malta Neto, o investimento pode ser feito em qualquer um dos três países, vai depender da oportunidade que surgir.
Brasil Econômico – SP