31 de Outubro de 2014
A Lowe’s está criando um robô multilíngue para o varejo. O projeto foi concebido para ajudar os clientes a procurar produtos nas lojas de forma rápida e fácil.
As pessoas querem entrar na loja e saber exatamente onde elas devem ir, diz Kyle Nel, diretor executivo do Laboratório de Inovação da Lowe’s. E eles querem ter uma conversa em vez de tentar encontrar as coisas em um mapa, completa.
Os clientes podem falar com o robô, chamado OSHbot, como se falassem com um representante de vendas. O robô reconhece a pergunta e responde em vários idiomas. Ele é equipado com uma tela que pode ser utilizada por meio de toque ou reconhecimento de gestos. O OSHbot também cumprimentará os clientes e os acompanhará pelos corredores.
Equipado com um scanner 3D, o OSHbot pode ajudar os compradores a localizar itens, mesmo que eles não saibam o nome ou modelo. Por exemplo, os clientes podem escanear um parafuso ou prego trazido de casa, e o robô procurará em seu banco de dados para localizá-lo na loja física ou online.
Os robôs nasceram fora do Laboratório de Inovação da Lowe’s, no departamento experimental que trabalha com escritores de ficção científica e startups, para resolver os problemas dos consumidores com a tecnologia.
O principal objetivo do robô é melhorar a movimentação na loja, mas ele também tem uma série de outros recursos. Por exemplo, sua telepresença permite que os clientes se conectem com especialistas fora do local.
A Lowe’s trabalhou com a Singularity University e uma startup para dar à luz o projeto. O projeto passou de rascunho para a conclusão em menos de um ano.
Ainda não há expectativas para ver os robôs nas lojas. A varejista planeja iniciar os testes antes das férias em uma loja em San Jose. Não há planos de implantação. A empresa quer testar os robôs no mundo real para ver como eles interagem com as pessoas antes de se expandir para outras lojas.
A grande incógnita é o componente humano, comenta Nel. Temos a tecnologia que funciona muito bem. Mas há algumas questões básicas que simplesmente não há maneira de responder até que você realmente veja na prática, explica.
Há também uma curva de aprendizado para os funcionários, que precisam se acostumar a trabalhar com os seus novos colegas artificialmente inteligentes. Segundo Nel, os robôs preenchem um vazio que os funcionários não são capazes de preencher: saber onde cada item está localizado. Eles também fazem outros trabalhos, como ajudar em projetos de melhoria de casa. Ao invés de substituir os trabalhadores, os robôs adicionarão um novo elemento à equipe de atendimento ao cliente da Lowe’s.
Kyle Nel se recusou a comentar sobre o orçamento do projeto ou o quanto isso aumentará os custos, mas disse esperar por mais projetos como esse. Entramos no mundo da inovação para ficar e vamos continuar a lançar as coisas inusitadas, afirma Nel.
Meio e Mensagem on-line – SP