Embora ainda pouco observado por aqui, o processo de transformação do autosserviço alimentar está em movimento acelerado nos EUA, o que possibilita um bom olhar sobre as oportunidades para o varejo brasileiro. Thom Blischok, CEO do The Dialogic Group LLC – empresa americana de consultoria em estratégia global e tendências –, afirma que as mudanças no comportamento do consumidor vêm redesenhando a forma de abastecer os lares. Nos EUA, Blischok estima que 30% das redes desaparecerão do mercado até 2025. E aposta que as sobreviventes estarão operando com novas estratégias. Muitas iniciativas despontam em todos os lugares, incluindo as que se apropriam de várias tendências ao mesmo tempo.
Acompanhe as principais apostas
01- Aumento na demanda de alimentos para viagem. As lojas “Groceraunts” (mercearia + restaurante) deverão explodir. O conceito é o de oferecer alimentos preparados para a refeição completa da família: da entrada à sobremesa
02- O “menu por assinatura” se desenvolverá com intensidade. Por esse serviço, o shopper paga uma mensalidade e recebe em casa todos os ingredientes para o preparo de um prato. Tudo separado e porcionado, conforme a receita
03- A oferta dos produtos saudáveis, dos premium e super premium continuará avançando. A rede Costco , por exemplo, já atua na criação de frangos livres (criados fora de gaiolas), alimentados com ração sem antibióticos
04- Emergência dos chamados “mall marts”, ou seja, pontos de venda desocupados ou abandonados, que serão transformados em pop-ups (lojas temporárias para testar modelos de negócio, marcas, produtos)
05- Lojas de formato pequeno terão rápido crescimento
06- A marca própria desempenhará um novo papel em função da especialização das lojas, do e-commerce e da imagem que as redes terão de reconstruir para competir no mercado
07- Aumentará a batalha entre os serviços “clique e colete” e entrega em domicílio
08- O cliente do e-commerce demandará novos benefícios, como prazo de entregas mais curto, devolução de produtos e pagamento sem taxa de entrega
09- A robótica e a inteligência artificial se tornarão ferramentas essenciais na operação das lojas e na redução de custos operacionais
10- As grandes redes ficarão ainda maiores e as redes menores se tornarão mais especializadas – foco apenas em hortifrútis, por exemplo
Fonte: S.A. Varejo