A rede de móveis e eletroeletrônicos Via Varejo não tem notado melhora no fluxo de clientes em suas lojas e avalia que o quarto trimestre e o primeiro semestre do próximo ano seguirão “bastante difíceis”, disse o presidente-executivo da companhia, nesta quinta-feira.
“O fluxo de clientes ainda não é positivo comparado com o fluxo do ano passado (…) Ano que vem não vai melhorar tão rapidamente como alguns esperam, trabalhamos com cenário ainda bastante difícil”, disse Peter Estermann em teleconferência com analistas.
A Via Varejo divulgou no final da noite de quarta-feira que o prejuízo do terceiro trimestre foi quase duas vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado, enquanto a receita ficou praticamente estável.
Às 14:55, as units da Via Varejo, parte do Grupo Pão de Açúcar, subiam pouco mais de 6 por cento, a 8,90 reais. Os papéis não fazem parte do Ibovespa, que subia 0,92 por cento.
Segundo Estermann, para lidar com o cenário de consumidor retraído e competição ferrenha, a Via Varejo vai manter estratégia de equilibrar rentabilidade com táticas para ganho de participação de mercado, algo realizado no terceiro trimestre e que permitiu à empresa elevar as vendas no conceito mesmas lojas.
Ele afirmou ainda que a empresa deve continuar reduzindo despesas gerais e administrativas, que caíram 26,5 por cento sobre o terceiro trimestre do ano passado. A Via Varejo terminou o terceiro trimestre com a 50.319 funcionários ante 55.641 no mesmo período do ano passado e 51.086 no segundo trimestre deste ano.
“A companhia vai continuar estratégia de competitividade para continuar ganhando mercado com equílibrio de margem”, disse o presidente da Via Varejo ao ser questionado por analista se a empresa poderia esperar margem bruta estável no quarto trimestre, o mais importante período de vendas do país.
“O volume de vendas é fundamental para o resultado da companhia (no quarto trimestre)”, acrescentou Estermann. “Neste último trimestre vamos nos comparar com a base bastante forte do ano passado.”