O varejo brasileiro registrou, em março deste ano, seu melhor resultado mensal em quatro anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no setor cresceram 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em abril de 2014, o resultado foi de 6,7%. Na comparação mensal, frente a fevereiro, houve ligeira variação positiva de 0,3%.
No chamado varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção, o aumento foi de 7,8% Este é o 11º número positivo seguido, segundo o IBGE. Como de praxe em muitas outras análises do instituto, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi um dos grandes responsáveis pelo o bom desempenho do varejo, em março. A alta foi de 12,3% – a mais acentuada desde março de 2012 (12,4%).
Para o IBGE, o desempenho dos hiper e supermercados ocorreu por causa da Páscoa, que, neste ano, caiu em março. “O aumento real da massa de rendimentos e a redução sistemática da inflação de alimentação no domicílio também explicam o bom desempenho do setor”, complementa o órgão estatístico.
Outras atividades
A que obteve maior influência no resultado do varejo foi a outros e artigos de uso pessoal e doméstico, 13,8%, na comparação anual de março em março de 2018. Foi a taxa mais alta desde março de 2015 (15,7%), situando-se bem acima da média do varejo devido ao feriado da Páscoa.
Combustíveis e lubrificantes, com variação negativa de 4,8% em março no comparativo anual, exerceu a maior contribuição negativa no resultado total do varejo, segundo o IBGE. Essa é a nona taxa negativa consecutiva da atividade. A elevação dos preços de combustíveis é fator relevante que ainda vem influenciando negativamente o desempenho do setor.
Móveis e eletrodomésticos recuou 3,3%, tecidos, vestuário e calçados teve queda de 0,7%, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação caiu 7,6% e livros, jornais, revistas e papelaria variou negativamente em 12,6% no volume de vendas.
Regiões
Frente a março de 2017, houve aumento em 26 das 27 Unidades da Federação, diz o IBGE. Acre (18,0%), o Amazonas (15,6%) e o Espírito Santo (15,1%) tiveram as maiores altas do varejo, em março de 2018. Por outro lado, Pernambuco (-0,4%) registrou a única taxa negativa entre as unidades da federação. Mas a concentração do comércio varejista faz taxas positivas, ainda que menores, serem mais relevantes. Nesse cenário, destaca-se o avanço de São Paulo (4,8%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Rio de Janeiro (7,9%).
Fonte: Novarejo