O Nubank anunciou, ao fim de 2018, sua iniciativa de garantir saques em dinheiro para seus clientes. O grande desafio da fintech é viabilizar acordos com empresas que tenham uma estrutura logística para oferecer esse tipo de operação a custos menores. Num primeiro momento, o cliente Nubank vai precisar pagar mais de R$ 6 por saque e esse valor está relacionado ao fato de que a empresa usará os caixas eletrônicos do Banco24Horas, que pertence ao Bradesco, concorrente da empresa.
Uma solução que está para ser aplicada no mercado é o uso de supermercados para disponibilizar dinheiro para os clientes dessas novas empresas do setor financeiro, segundo a jornalista Maria Cristina Frias, em sua coluna na Folha de S.Paulo. A parceria poderia render bons retornos também aos varejistas, já que as lojas pagam às empresas de carro-forte uma porcentagem sobre o valor total do transportado que varia entre 0,5% e 1%. Converter o dinheiro em papel em eletrônico poderia diminuir os custos e criar uma nova fonte de arrecadação.
Um dos desafios para o varejo seria não impactar o já delicado atendimento na frente de caixa, um dos maiores pontos de atrito das redes supermercadistas. Para não aumentar as filas de maneira substancial, a solução seria estimular que os clientes fizessem as transações via smartphone para apenas recolher o dinheiro no caixa. O recolhe seria feito por meio de um código que o consumidor apresentaria ao funcionário do estabelecimento.
Lotéricas
A matéria aponta ainda que, de olho em aumentar os locais de saque, a Caixa Econômica Federal está fechando parceria com a Acesso, empresa de cartão de crédito, para que os clientes não bancarizados da startup possam fazer saques nas lotéricas da Caixa. Isso possibilitaria à fintech somar 13 mil pontos de saque à sua operação.
Fonte: Novarejo