A CVC informou que os dois principais acionistas da companhia, os fundos BTC FIP, do private equity Carlyle, e GJP FIP, do fundador Guilherme Paulus, vão se desfazer da maior parte das ações que possuem.
Os dois controladores colocaram à venda 60 milhões de ações da CVC, ou 44,67% da companhia. Se a operação for concluída, os dois fundos terão a fatia combinada reduzida a 24,34% da empresa, dos atuais 69%.
Em uma oferta de esforços restritos, o Carlyle vai vender 39,1 milhões de ações, equivalente ou 64,6% dos papéis que detém na CVC. Assim, terá a sua fatia na companhia reduzida dos atuais 44,98% para 15,9% ao fim do negócio, se concretizado.
O BTC, o fundo de Paulus, venderá 20,9 milhões de ações, ou 64,9% de sua fatia na CVC, reduzindo assim sua participação dos atuais 24,02% para 8,44% na companhia. Dessa forma, os dois controladores da CVC terão reduzida a fatia na companhia dos atuais 69% para 24,34%. A empresa tem 31% de free float, negociado na Bovespa.
Por se tratar de uma oferta pública com esforços restritos, exclusivamente de distribuição secundária, a CVC disse que não será concedida prioridade aos atuais acionistas da companhia para subscrição da totalidade das ações, conforme disposto no artigo 9º-A da Instrução CVM 476 e, portanto, não haverá diluição dos atuais acionistas da companhia.
A CVC informa que o preço por ação será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento (“Procedimento de Bookbuilding”) e será determinado tendo como parâmetro: a cotação das ações ordinárias de emissão da Companhia na BM&FBovespa; e as indicações de interesse em função da qualidade e quantidade da demanda (por volume e preço) pelas ações, no âmbito do bookbuilding.
A oferta restrita está automaticamente dispensada de registro e não será objeto de análise pela CVM, Anbima ou por qualquer entidade reguladora ou autorreguladora do mercado.
A CVC disse que manterá os acionistas e o mercado informados sobre o andamento da oferta por meio da divulgação de comunicado ao mercado ou fato relevante nas páginas eletrônicas da CVM.
A oferta será coordenada, no Brasil, pelo Bank of America Merrill Lynch, Banco Itaú BBA e o Morgan Stanley. Além disso, serão realizados esforços de colocação das ações, no exterior, pelo Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated, pelo Itau BBA USA Securities e pelo Morgan Stanley.