O Grupo Big (ex-Walmart Brasil) contratou Marcos Ambrosano para presidir o clube de compras Sam’s Club. Desde a última terça-feira, Ambrosano não é mais o executivo principal da rede atacadista Makro, posição que ocupou nos últimos três anos — ele pediu demissão após aceitar o convite de Luiz Fazzio, presidente do Grupo Big.
Ambrosano deve acelerar o projeto de conversão de pontos de hipermercados do grupo em unidades do Sam’s Club e reiniciar aberturas de novas unidades, após anos de crescimento operacional discreto.
Neste ano, foram quatro conversões de lojas do antigo Walmart em unidades do clube de compras. O Sam’s tem cerca de 30 pontos no país. A intenção é converter dez hipermercados em unidades do Sam’s no curto prazo.
Em agosto passado, a companhia anunciou a mudança de marca do Walmart Brasil para Big, e o nome da empresa americana deixou de ser utilizado no país. Mas os sócios estrangeiros continuam na posição de acionistas, com 20% da companhia. A empresa de private equity Advent tem os 80% restantes.
A chegada de Ambrosano na empresa, no começo do ano que vem, segundo fontes, é mais um movimento de Fazzio de reforçar a equipe do grupo por meio da contratação de executivos de sua confiança no primeiro escalão — foi Fazzio quem levou Ambrosano para o Walmart em 1995, quando Fazzio era diretor na empresa e ambos trabalharam na varejista pela primeira vez.
Na atual gestão de Fazzio no Big, alguns diretores em posições centrais da empresa foram trocados nos primeiros meses após a venda da empresa. O mercado já aguardava uma mudança na linha de frente do Sam’s, frente às expectativas de uma aceleração dos planos de expansão da rede.
Ambrosano ocupou cargos executivos no Walmart por quase 17 anos, de 1995 a 2012, e neste período, foi diretor e vice-presidente do Sam’s Club, mas em um momento em que a administração da matriz americana não tinha planos de crescimento para a rede.
Apesar da presença tímida no país, o Sam’s era um dos negócios mais rentáveis do grupo no período em que a operação do Walmart no Brasil tinha desempenhos pífios, segundo o Valor apurou. O modelo do centro de compras, de importação de marcas estrangeiras, conhecidas pelas classes de maior poder aquisitivo, teria tido boa adesão no país.
Fonte: Valor Econômico