As vendas on-line da varejista de vestuário Restoque cresceram 88% no primeiro trimestre, na comparação anual, segundo a companhia. O valor total das vendas não foi divulgado. A empresa publicou hoje apresentação para divulgar os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Ainda de acordo com a companhia, o fluxo nos canais digitais cresceu 33% na comparação do primeiro trimestre de 2020 e o de 2019 e as vendas totais da empresa cresceram 7%, “com aumento concentrado na venda full price do varejo (+13%) e redução na venda dos Outlets (-37%)”. Também neste caso, a empresa não disponibilizou números absolutos.
A empresa fechou suas lojas em 20 de março, posteriormente concendendo férias para as fábricas Terra Boa e Goiás e reduzindo a jornada e os salários administrativos de 25% a 40%, sendo 40% para diretoria. A partir de 31 de março, a Restoque reduziu quadro de funcionários e passou a suspender contratos de trabalho em lojas, fábricas e centros de distribuição.
A retomada de operações começou a reabertura de uma loja em Santa Catarina, em 20 de abril. A partir de 5 de maio a empresa começou a vender em 136 lojas fechadas no sistema de retirada no local (drive thru).
A companhia tinha posição de caixa negativa em R$ 144 milhões em 31 de março, segundo a apresentação. As demonstrações financeiras do trimestre ainda não foram divulgadas pela Restoque, mas estavam previstas para ontem, 18 de maio.
A empresa diz que estima uma taxa composta anual de crescimento (CAGR, na sigla em inglês) de 6,4% no intervalo de 2019 a 2025. A receita líquida estimada para 2020 é de R$ 596 milhões, com margem bruta de 60,1%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) esperado para 2020 é de R$ 111 milhões negativos, com margem de -18,6%.
Fonte: Valor Invest