À medida em que as cidades começam a flexibilizar os decretos, publicados a fim de reduzir os efeitos da Covid-19, os bares e restaurantes retomam gradativamente suas atividades. A princípio, não como antes. Mas a reabertura significa um alívio para os proprietários, que tentam encontrar os melhores caminhos diante de um cenário jamais visto na economia global. O DRD conversou com alguns proprietários e chefs de cozinha para saber como está sendo a retomada das atividades e o que eles esperam para o futuro. Leia também Virginópolis: Polícia Civil prende homem suspeito por crime de estupro contra criança Alívio Antes de Governador Valadares ser inserida na onda amarela do programa Minas Consciente, somente os serviços de entrega no balcão, delivery e drive thru podiam ser realizados nos restaurantes. Com isso, os proprietários de restaurantes, bares e pubs estavam enfrentando dificuldades para manter as despesas em dia, sem contar com as demissões em massa de funcionários, para reduzir os gastos. Mesmo com a reabertura, muitos ainda enfrentam imposições e protocolos, como distância mínima entre mesas, uso de máscaras por toda a equipe, entre outras restrições. Mas, ainda sim, o retorno dos clientes significou alívio para o setor. “Foi uma decisão sensata e acertada do governo. Nunca fomos nós o foco de transmissão da doença. A gente já vinha seguindo os protocolos de segurança e fomos pegos de surpresa com o fechamento” Argumentou o representante dos proprietários de bares e restaurantes de Governador Valadares, Marcelo Schlaucher. Como os restaurantes estão lidando com a pandemia Vários donos de restaurantes no centro de GV avaliam que a reabertura gradual é suficiente para amenizar os enormes prejuízos decorrentes do fechamento, durante a onda vermelha do Programa Minas Consciente. “Os clientes, aos poucos, vão retornando. Os bares têm um público maior devido à quantidade de jovens. Mas acredito que os restaurantes, a cada dia, vão aumentando o número de clientes”, disse Marcelo. “Graças a Deus voltou. Se tivesse que ficar fechado mais 30 dias, talvez a gente não teria mais folego para continuar de pé. Voltou lento, pois as pessoas estão ainda receosas. Tivemos muitos problemas com funcionários que estavam cumprindo quarentena e valores do aluguel. A pancada foi grande, mas retornar foi muito bom para o setor”, afirmou Cristiano Ramos, proprietário do Donna´s Restaurante e Churrascaria, localizado na avenida Minas Gerais. “O retorno está sendo gradativo, e acredito que dentro de algumas semanas voltaremos a uma normalidade semelhante à de antes. Estamos mantendo o distanciamento e seguindo os protocolos. O atendimento delivery do nosso restaurante também continua”, disse Diego Toledo, do Giorgio Gastrô. O restaurante Giorgio precisou adotar estratégias para manter o faturamento em caixa Delivery continua sendo alternativa Na opinião da maioria dos donos de bares e restaurantes, o sistema delivery deve se manter como tendência para a alimentação, mesmo após a pandemia. O serviço foi e está sendo a “salvação” de muitos empresários. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o grande destaque das vendas na quarentena vai justamente para o delivery: a compra de alimentos e bebidas para consumo imediato cresceu 79%. Para se ter uma ideia, o uso dos aplicativos aumentou mais de 50%. Na opinião da maioria de donos de bares e restaurantes, o sistema delivery deve se manter como tendência para alimentação mesmo após a pandemia “Não era um mercado a que a gente dava uma ênfase. Mas logo que começou a pandemia a gente começou a atender delivery. Ajudou muito e a tendência deverá continuar, pois tem pessoas que se acostumaram a pedir comida em casa”, opinou Cristiano.
Fonte: Diário do Rio Doce