Num passeio pelos corredores do Pátio Cianê Shopping, no centro de Sorocaba, a recepcionista bilingue Marcela Megumi, de 33 anos, e a governanta Noelita Rodrigues, de 50 anos, que são amigas, de repente resolvem parar no quiosque da marca Açaí Beat para consumir o produto. Os quiosques, opções de mercado que se somam às lojas tradicionais, também representam nova aposta do setor varejista para aumentar a presença nos shopping centers, hipermercados e outros centros de compras que atraem milhares de pessoas todos os dias.
Marcela admite que se sente atraída pelos quiosques e explica os motivos: “Geralmente quiosque é serviço muito rápido. Eu gusto de quiosque, dependendo do serviço, pela praticidade. O legal também é a dinâmica: os funcionários são super rápidos e prestativos.” E Noeli acrescenta: “Eu gosto pela praticidade, por ser mais rápido e (os funcionários) atendem com muito boa vontade.”
Depois que as duas amigas se afastam, no lugar delas se aproximam dois jovens, o auxiliar administrativo Matheus Andrade, de 21 anos, e a estudante Daniela de Lima, de 20 anos. Além da praticidade e rapidez no atendimento, Daniela acrescenta: “Não tem fila.” E Matheus destaca outro aspecto: “Num quiosque a gente encontra também muitos produtos que não são encontrados em lojas.”
Comparações
O proprietário do quiosque Açaí Beat, Alexandre Augusto D” Angelo de Souza, de 30 anos, está instalado há dois anos e já computou crescimento de 30% a 40% nas vendas no segundo ano, em comparação com o primeiro. E ele compara: “Aqui é igual a balcão de informática: você tendo um pessoal de venda bom, acaba induzindo o cliente a consumir o seu produto.”
Souza calcula que o custo inicial de investimento para a montagem de um quiosque é bem menor na comparação com o de uma loja tradicional. “Dependendo do perfil da loja e das necessidades de adaptação, o investimento no quiosque sai até por menos da metade”, diz Souza.
Segundo ele, a praticidade também é destaque: uma eventual desativação de quiosque, por exemplo, pode ser feita com aviso antecipado de 30 dias, sem multa contratual, enquanto uma loja tradicional tem contrato de 3 a 5 anos e um possível rompimento antes do prazo é passível de multa.
E na comparação de 1 a 2 meses para a adaptação de uma loja, o quiosque, se estiver com o mobiliário pronto na marcenaria, pode ser montado em uma única madrugada. Essa facilidade também combina com mobilidade: um quiosque pode ser transferido de piso também em uma madrugada. Além disso, o quiosque funciona com menor número de funcionários, comparados ao da loja, e habitualmente fica em local privilegiado em acesso e visibilidade.
Nova aposta
De acordo com o Pátio CIanê Shopping, em nota emitida por sua assessoria de imprensa, investir em quiosques é a nova aposta do setor varejista para aumentar a presença em shoppings centers. Somente no Pátio Cianê, em Sorocaba, o número de operações no setor cresceu 140%, no comparativo entre 2015 e 2016. Durante o período, 17 novas operações foram inauguradas no empreendimento, incluindo franquias, operações locais ou unidades de primeiro negócio.
Entre as novas operações, destacam-se as franquias das redes Samsung, Loccitane e Havaianas, além das marcas New Face e Supercap. O Pátio Cianê Shopping também recebeu no período algumas primeiras unidades de negócio, como as lojas Menu Unhas em Gel, Kids Drive e Belga Mix.
Para Rhuann Destro, gerente de Marketing do empreendimento, este modelo de negócios permite ao investidor expandir sua atuação de forma estratégica por meio de pontos de vendas cujo custo de operação requer um investimento menor em manutenção de infraestrutura e contratação de mão de obra, por exemplo. Segundo Rhuam, como não requerem custo de obras e adaptações, são também uma ótima opção para quem deseja testar a performance de uma marca antes de abrir lojas.
“Além disso, os quiosques têm se revelado excelentes oportunidades para compras mais rápidas, sem filas, proporcionando ao cliente bastante praticidade na hora de adquirir um produto ou serviço”, comenta Rhuann.
Fonte: Jornal Cruzeiro