O Grupo Netshoes, varejista on-line de artigos esportivos, anunciou nesta sexta-feira o lançamento do seu “marketplace” — modelo de vendas que reúne em um mesmo site ofertas de diferentes lojas —, que vai funcionar integrado às lojas virtuais da Netshoes e da Zattini.
A companhia não divulga o número de empresas que já fazem parte do marketplace, informa apenas que estima dobrar o atual portfólio de produtos, de 80 mil para 160 mil itens, no primeiro ano de operação. As empresas parcerias são varejistas de moda. A previsão da companhia é que o negócio possa representar, no médio prazo, em torno de 20% da sua receita. Outra meta é ampliar o tráfego de internautas nos sites da companhia, atualmente da ordem de 50 milhões de visitantes únicos por mês.
Mercado
O Grupo Netshoes ainda não divulgou os resultados do ano passado. Em 2014, registrou receita de R$ 1,2 bilhão, com crescimento de 20,1% e prejuízo líquido de R$ 93,6 milhões, ante perdas de R$ 71,9 milhões em 2013. A companhia tinha como meta atingir o equilíbrio financeiro em 2015, mas essa meta pode ter sido prejudicada por conta da desaceleração do mercado de comércio eletrônico no país no passado e da elevação nos custos das operações de internet.
Empresas de comércio eletrônico, como Mercado Livre, B2W (dona do Submarino.com, Americanas.com e outros sites), CNova e Dafiti já reforçaram no ano passado suas atividades de shopping virtual, como estratégia para ampliar o número de produtos e a audiência em seus sites. Essas empresas têm sofrido a pressão da concorrência do grupo chinês Alibaba, dono do site Aliexpress, que se tornou no ano passado o terceiro maior site em audiência no país. A expectativa é que essa concorrência fique ainda mais acirrada com a entrada do marketplace da Amazon no Brasil.