Com um centro de distribuição em funcionamento no interior de São Paulo desde 2014, o e-commerce de móveis Mobly quer colocar os dois pés no varejo físico. Para iniciar essa jornada, a primeira loja será aberta em São Paulo. Na sequência, a empresa investirá em novos espaços para logística em Minas Gerais e Santa Catarina ainda neste ano.
“Estamos com esse movimento de expansão para o Sul do Brasil porque faz sentido para nosso negócio ir para essa região. A vantagem está na possibilidade de reduzir o tempo de entrega dos pedidos”, afirmou o sócio-diretor da Mobly, Mário Fernandes, destacando o fato de que esse território representa cerca de 15% das vendas da empresa.
Com os centros de distribuição, Fernandes reporta também redução de custos logísticos e de frete, que podem chegar a 20%, tendo em vista que a região concentra “um grande número de fornecedores” e, por isso, torna a negociação mais elástica.
No que diz respeito ao processo de logística, o executivo afirma que a própria Mobly se encarrega pelo transporte de 30% dos pedidos, e o restante de solicitações é canalizado para uma empresa terceirizada. “Primeiro, precisamos de mais escala para ampliar esse percentual de participação.”
Outro aspecto estratégico citado por Fernandes é a proximidade de Santa Catarina com portos importantes. “Temos trabalhado com sortimento de produtos provenientes da Ásia com expectativa também de começar a exportar para a Argentina”, diz. Atualmente, a empresa representa 20% do faturamento do grupo empresarial do qual faz parte, Home24 – localizado na Alemanha.
A fatia de receita obtida pelo negócio digital, em 2017, foi de 59,4 milhões de euros. Para este ano, a estimativa é crescer 50% sobre um ano antes.
Duas frentes
Com um público quase que integralmente formado por pessoas físicas, a operação virtual da Mobly quer usar o ponto de venda físico da marca em São Paulo para garantir maior aproximação com o cliente. Além disso, ele cita o uso de tecnologia, como de realidade aumentada, para garantir essa aproximação via internet.
“Percebemos que o aplicativo acaba complementando a experiência do cliente. Muitas vezes ele entra várias vezes nessa plataforma e decide concluir a compra em nosso e-commerce”, afirmou Fernandes. Atualmente, o app representa menos de 7% das movimentações do negócio.
Outra estratégia contada ao DCI pelo executivo é a maior atenção aos produtos próprios. “Nossa linha própria representa 20% do nosso portfólio atual”, afirmou o CEO, lembrando que esse percentual subirá no médio a longo prazo.
Fonte: DCI