Na próxima segunda, rede abrirá primeiras 23 lojas, estreando em um mercado que representa 15% do varejo nacional
Por Geraldo Samor e Pedro Arbex
Num movimento que o CEO Fred Trajano comparou ao desembarque na Normandia, o Magazine Luiza vai abrir pelo menos 50 lojas no Estado do Rio nas próximas semanas — penetrando pela primeira vez um mercado responsável por 15% do varejo nacional.
A entrada no Rio é particularmente relevante para o Magalu porque seu modelo de negócios é baseado na multicanalidade: a rede costuma ter o dobro de market share no ecommerce nas cidades onde tem loja física.
A blitzkrieg fluminense será feita em três ondas de abertura de lojas começando na semana de 5 de julho, quando o Magalu já abrirá 23 pontos. As lojas vão de Copacabana a Bangu, da Tijuca a Santa Cruz, passando pela Pavuna.
No interior, o Magalu vai entrar em Itaguaí, Niterói, Petrópolis, Belford Roxo, Volta Redonda e São Gonçalo.
Fred disse ao Brazil Journal que as 50 lojas são “só o começo”, e devem gerar 3.000 mil empregos diretos.
A campanha de marketing também inclui artilharia pesada: o Magalu vai adesivar mais de 44 mil guarda-sóis e todas os quiosques da orla; colar sua marca no BRT e oferecer wifi gratuito aos passageiros por seis meses; e projetar um laser a partir do Cristo Redentor que apontará para cada uma das 23 lojas na noite anterior à inauguração.
Na ativação da campanha, o Magalu levou em consideração o conselho de Anitta, que notou que “o Rio do carioca não é o Rio do turista.” Num dos vídeos, a “Girl from Rio” aparece no calçadão da Tijuca.
O Magalu aproveitou uma rara janela de oportunidade aberta pela pandemia. “Apesar de toda crise, o mercado imobiliário do Rio é muito aquecido, é muito caro. Com a pandemia, conseguimos alugar pontos muito bons com mais facilidade,” disse Fred.
Perguntado se o Magalu não teme as questões de segurança pública que o Rio historicamente enfrenta, Fred disse que a empresa lida com a insegurança em todos os Estados.
“O Rio é um retrato perfeito do Brasil, com todas as suas oportunidades, belezas e desigualdades. Não acho que vamos encontrar nada diferente no Rio do que encontramos em outros Estados.”
Fonte: Brazil Journal