Newton Ribeiro, diretor-geral do Grupo Uni.co, da Imaginarium, não tem medo de afirmar: 2017 foi um ótimo ano para a rede de franquias. “Certamente, tivemos o vento a favor no ano passado.” Não é por acaso que o empreendedor acha isso. Em plena crise, sua empresa cresceu 15% em 2017 – já havia crescido 26% em 2016 –, expandiu o número de pontos de vendas para 245 e faturou R$ 256 milhões.
Em entrevista exclusiva ao site de PEGN, Ribeiro conta como a empresa se estruturou para isso. “Não posso negar que o nosso crescimento nesses últimos dois anos foi agressivo. E acho que isso aconteceu, porque nunca deixamos de investir. Investir em novos negócios, reestruturação de antigos modelos e na expansão da Imaginarium. Acho que foi a nossa grande sacada.”
Nos últimos dois anos, a empresa fez aquisições importantes. Em 2016, comprou a MinD, uma startup de decoração e design, e em 2017 fechou com a Puket, marca de meias, pijamas e acessórios. “Esse movimento deu ânimo para a empresa. Mostrou que tínhamos força para seguir investindo”, diz. Por conta das aquisições, nasceu o Grupo Uni.co, holding que agora tem as três empresas em seu guarda-chuva – formado pela Puket, MinD, Ludi e Imaginarium.
Além disso, realizou mudanças na estratégia da Imaginarium – o carro-chefe do negócio, reestruturando todo o modelo das lojas para baratear o valor das franquias. “Toda marca tem que se mexer, renovar, mudar um pouco a cara.”
Nas novas lojas, estruturas mais enxutas e espaçadas. “Com investimentos mais baixos fica mais fácil aumentar as vendas. Esperamos que o projeto gere um crescimento de 20% no nosso negócio.”
As alterações também possibilitaram que o negócio ganhasse mais escala em cidades menores. “São modelos pensados para municípios com, no máximo, 200 mil habitantes.” Em 2017, a franqueadora abriu 35 novas lojas. O movimento, segundo Ribeiro, partiu dos próprios franqueados.
Nos últimos dois anos, de acordo com o executivo, entre 70% e 80% das novas unidades foi aberta por quem já era dono de uma loja da Imaginarium. “Isso é um selo de confiança para a nossa empresa. A crise acelerou o nosso projeto de expansão, porque precisávamos mostrar aos investidores que o negócio não corria riscos. Foi um processo que ajudou a estabilizar e consolidar os negócios.”
Novo desafio
Em 2018, o desafio – e a expectativa – é outra: administrar os negócios do grupo com a chegada da Puket, rede com mais de 160 lojas e um faturamento de R$ 220 milhões – número que não entrou no faturamento final do grupo em 2017. “Um salto importante que praticamente dobra a nossa operação. Agora precisamos estruturar a forma como trabalhar as duas empresas juntas. Vemos 2018 com muito otimismo.”
Fonte: PEGN