Criado em 1966, primeiro centro de compras da América Latina transformou a região do Jardim Paulistano. Confira 25 curiosidades sobre ele.
1. Precursor
Inspirado na tendência americana de centro de compras, o Iguatemi foi inaugurado em 1966 —o primeiro shopping da América Latina
2. Vila rural
O canteiro de obras na antiga rua Iguatemi, bairro de chácaras, era palco de churrascos para a venda de quotas do novo empreendimento
3. Força-tarefa
O shopping levou 16 meses para ficar pronto e teve 2.500 operários na equipe de obras
4. Veteranas
Giuliano Jóias, AB Uniformes, Fotóptica, Jogê, Americanas, Pão de Açúcar, Renata, Sinhá e Drogaria Iguatemi estão lá desde a inauguração
5. Chácara Matarazzo
O Iguatemi foi erguido num terreno onde havia uma chácara da família Matarazzo, que, à época, era dona do maior complexo industrial da América Latina
6. Chico Buarque
Foi um dos artistas a se apresentar no show de inauguração
7. MPB & show de humor
Cerca de 5.000 pessoas assistiram à festa, que também teve apresentações de Nara Leão, Eliana, Booker Pittman e Chico Anísio
8. Terra de Ceará
O empresário cearense Diogo Gadelha botou fé no negócio e se tornou o segundo maior acionista, com 11% das cotas – adquiridas pela família Jereissati, que hoje controla a rede
9. Giro
Na inauguração, havia 75 lojas. Cinco anos depois, já operava com 160, com um fluxo de quase 1 milhão de pessoas/mês. Hoje, são 314 lojas e mais de 1,5 milhão visitantes/mês
10. Jardim de tulipas
Foram importadas da Holanda, pela primeira vez no Brasil, em 1991, para decorar o shopping
11. Augusta
Até os anos 1960, era a famosa rua, com suas butiques, o principal centro de consumo de luxo entre os paulistanos
12. Prêmio
Na década de 1990, o shopping sorteava um BMW para os consumidores durante as compras de Natal, algo inédito na época
13. Empório Armani
Foi a primeira marca gringa a abrir as portas no Iguatemi, em 1998
14. Fogo no cinema
Em 1994, um incêndio destruiu completamente o Cine Iguatemi. Ninguém se feriu. Depois do incidente, os cinemas passaram a exibir instruções de segurança
15. Invasão de grifes
Em 2001 foi a vez da joalheria Tiffany & Co estrear em solo brasileiro. A Louboutin veio oito anos depois, em março de 2009, com a sua primeira loja na América Latina
16. Ofertas na TV
No fim da década de 1980 e início dos anos 1990, o Iguatemi passou a anunciar ofertas na televisão para aumentar o movimento e as compras às segundas-feiras
17. Dia das Mães
Na data, mais de 15 mil tulipas são espalhadas pelo shopping
18. Relógio D’água
Exposto na entrada, foi criado pelo francês Gitton Bernard e utiliza tubos de vidro e líquido colorido para marcar as horas e os minutos; só existem quatro peças no mundo
19. Tudo o que reluz…
Sinônimo de riqueza, o dourado está presente em vasos e nas escadarias
20. Inspiração internacional
A fachada principal ganhou janelões de vidro, seguindo as linhas dos prédios neoclássicos de Nova York
21. Teto de vidro
Faz parte do novo projeto. O skylight, da praça Iguatemi, destaca luz natural e reduz o consumo de ar-condicionado
22. Rampas icônicas
Foram projetadas para privilegiar a luz e a ventilação naturais. O pé-direito chega a 18 metros de altura
23. Antiguidade
Mesas do séc. 19, de famílias tradicionais de São Paulo, são expostas nos corredores
24. Flores pra você
Parte dos vasos da decoração foi importada da França. As flores, sempre frescas, somam 800 mil unidades/ano
25. Entre os tops
Nos últimos anos, o shopping figurou no ranking dos 20 endereços mais caros do varejo mundial, ao lado dos balados 5ª Avenida (Nova York) e Champs-Elysées (França), segundo a pesquisa da consultora imobiliária Cushman & Wakefield
*
“Iguatemi foi protagonista das transformações nos hábitos dos paulistanos”
Marina Cirelli, Gerente de Marketing do Shopping Iguatemi São Paulo
1. Diante do crescimento de shoppings na cidade, o que o Iguatemi tem feito para se diferenciar?
Neste meio século de história, o shopping segue transcendendo a sua função como espaço de compras, conquistando todos os dias o coração dos brasileiros e se tornando referência de moda, estilo, tendência, sofisticação e serviços. Durante este período, o Iguatemi foi protagonista das transformações nos hábitos dos paulistanos e no cenário urbano que moldaram a cidade. Nossa vocação sempre foi inovar e oferecer a São Paulo um espaço único, apaixonante e inspirador, e continuaremos investindo nisso.
2. Como o Iguatemi acompanha as tendências do mercado?
Inovação é um dos principais pilares da Iguatemi. Hoje, os clientes, além de suas compras, buscam lazer, arte, cultura e entretenimento. Eles querem um bom restaurante para um jantar com amigos ou almoço de família. Querem também visitar uma exposição, ali mesmo dentro do shopping. Querem oficinas para crianças e eventos nas datas especiais. Nossos clientes contam, por exemplo, com um aplicativo que fornece conteúdo, guia de estilo, além de funções como reserva de mesa para restaurantes e pagamento de estacionamento. O Iguatemi São Paulo tem em seu DNA o pioneirismo e a inovação. Sempre estivemos na vanguarda do setor e somos referência para os outros players. Para o segmento fit, por exemplo, temos a mais linda Bodytech do país.
3. O Iguatemi tem muito verde e, depois da reforma, ganhou um teto de vidro. Na concepção do novo projeto, existe uma preocupação com a sustentabilidade?
Nossa vocação sempre foi oferecer aos clientes um espaço único, apaixonante e inspirador. Com a revitalização da antiga Praça do Relógio, hoje chamada de Praça Iguatemi, o Shopping passou a contar com um jardim central interativo, muito mais iluminado por conta do novo skylight. A reforma, além de estética, reflete também nossa preocupação com as questões de sustentabilidade. Este novo skylight, desenvolvido com sofisticação tecnológica, é composto por duas partes: uma curva longilínea feita em metal com acabamento em latão, material altamente ligado à imagem do Iguatemi, e a cobertura de vidro transparente com impressões que fazem uso da alta tecnologia para manter esta área com mais luz natural e sem uso de ar-condicionado.
*
A tendência é transformar os malls em espaços multiuso
Glauco Humai, presidente da Abrasce
1. A cidade de São Paulo foi pioneira no setor de shopping. Qual foi a importância desse movimento para a cidade e para o país?
São Paulo sempre foi uma referência de metrópole para América Latina. O fato de ter sido pioneira na inauguração de shopping centers contribuiu para esse destaque e, como consequência, para ditar as tendências do setor. A capital sempre atraiu fluxo de visitantes de cidades, estados e países vizinhos que vinham em busca de negociações comerciais, entretenimento e turismo. Dentro desse contexto, os shoppings passaram a ser pontos de referências, atraindo a curiosidade dessas pessoas que buscavam a experiência de estar em um centro de compras e ter acesso a novas marcas e, sobretudo, a um conceito inovador de comércio.
2. Desde o primeiro shopping, em 1966, até hoje, quais foram as principais mudanças/transformações no setor?
Os shoppings paulistanos se desenvolveram e amadureceram muito ao longo das últimas cinco décadas, acompanhando a evolução do setor e incorporando tendências mundiais apresentadas pelos centros de compras mais modernos. Eles evoluíram e ganharam novas funções, diversificando seu mix – com oferta cada vez mais variada de serviços, conveniência e entretenimento. O segmento de gastronomia também se desenvolveu muito nos malls paulistanos, que passaram a trazer operações diferenciadas de restaurantes, lanchonetes e bares, muitas vezes inéditas na cidade. Em termos de arquitetura, os shoppings da capital foram se transformando em espaços cada vez mais convidativos e agradáveis, com investimentos em iluminação natural, jardinagem e lounges acolhedores, permitindo assim que o frequentador passe cada vez mais tempo no local.
3. Quais são os principais desafios para os shoppings em um momento de crise? E quais são os próximos passos?
As incertezas relacionadas ao poder de compra e à capacidade para novos investimentos influenciam o desempenho de diversos setores, incluindo a indústria de shoppings e o varejo como um todo. Diante desses desafios, os centros de compras têm apostado na criatividade e capacidade de adaptação, bem como em seu variado mix de operações, para atrair o público e manter a aposta em crescimento. A tendência é transformar os malls em espaços multiuso que ofereçam muito mais além das compras. Grande parte dos shoppings já têm incorporado iniciativas e eventos que atraem o fluxo de pessoas para outras finalidades que não só a compra, sempre com foco na experiência do frequentador.