Por Adriana Mattos | O GPA, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira (22), disse que a melhora do resultado final da empresa reflete o processo de “turnaround” do grupo. E o ano de 2024 deve ser um período de aceleração dos ganhos verificados em 2023, destacou Marcelo Pimentel, CEO do grupo dono da rede Pão de Açúcar. Por volta das 10h45 de hoje, a ação de GPA caía 0,94%.
O prejuízo líquido dos controladores foi de R$ 87 milhões no quarto trimestre, versus uma perda maior, de R$ 272 milhões um ano antes. Isso se refere ao GPA Brasil, logo desconta as operações que estão sendo vendidas pela empresa.
“A ideia é ser fiel ao plano iniciado em 2022 e levar isso a 2024. O ano de 2023 foi início de colher resultados, mas temos que continuar porque não chegamos ao potencial que queremos chegar”, disse Pimentel.
Ele citou trabalhos em gestão de categoria na rede Pão de Açúcar, iniciado em 2023, e isso está se espalhando para as marcas de lojas de proximidade. Ainda disse que consolidou em 100% das lojas a operação de venda e entrega de produtos a partir do estoque das lojas. “Sobre rentabilidade, já entramos em 2024 melhor posicionados do que estávamos em 2023, e mantemos ‘guidance’ publicado”, disse.
“Janeiro foi bastante forte e temos presença forte no litoral paulista, o que nos coloca em situação positiva. Estamos extremamente otimistas para 2024”.
A companhia foi questionada pela desaceleração no indicador de vendas mesmas lojas do Pão de Açúcar. Pimentel disse que isso reflete deflação maior de categorias em que a rede é forte, e não vê arrefecimento, considerando que o trimestre anterior de 2022 tem base forte.
O GPA ainda disse que a ruptura em lojas caiu 3,2 pontos percentuais no trimestre — esse ponto era um foco da reestruturação — e que a venda on-line tem o maior aumento dos últimos seis trimestres.
O grupo abriu 61 lojas em 2023 — 56 foram lojas de proximidade e 5 foram Pão de Açúcar.
A empresa ainda mencionou, quando questionada por analista, um aumento de despesas operacionais acima do ritmo da receita.
A companhia explicou que fez investimentos em lojas “premium” e ainda teve gastos na melhor estrutura da venda no comércio eletrônico. A venda líquida subiu 7,3% e as despesas operacionais, 15,9% no quarto trimestre.
Fonte: Valor Econômico