Acompanhando o avanço do comércio eletrônico no Brasil, o e-commerce alimentar mais do que dobrou sua participação neste mercado em cinco anos. “Em 2013, esta categoria tinha uma representatividade de apenas 2% e, em 2018, alcançou 4,5%”, revela Maurício Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Para o executivo, a principal categoria de produto que pode alavancar o segmento é a de perecíveis: “O brasileiro está mais habituado a comprar bebidas, itens de mercearia e gourmetizados pela internet. Mas o que vemos hoje é que o maior potencial de crescimento está relacionado aos produtos frescos, congelados e hortifrúti”.
Comodidade Impulsiona o Online
Um dos serviços que podem contribuir para a ascensão do segmento, segundo o presidente, é a possibilidade de o consumidor comprar online e retirar na loja. “Essa oferta de comodidade pode aumentar muito o volume de compras em supermercados na internet. Os clubes de assinatura de alimentos também vêm crescendo e podem impulsionar a categoria.” Há, ainda, outro fator que influencia na decisão do cliente entre comprar na loja ou no e-commerce: o mix de produtos. Os supermercados próximos à localização do consumidor podem não oferecer o sortimento desejado e, por isto, as pessoas buscam variedade de itens em plataformas virtuais.
Transporte Demanda Atenção
As redes de supermercados que ingressam no e-commerce alimentar devem se atentar à qualidade da envio das compras. “A operação logística exige caminhões refrigerados, embalagens especiais e sacolas térmicas para manter a temperatura de alguns produtos”, pontua Maurício. Além disso, o setor supermercadista precisa trabalhar barreiras psicológicas que atrapalham a adesão à compra online. “O cliente quer conferir a qualidade do produto antes de realizar o pagamento. Então essa questão de querer tocar na fruta ou escolher o pedaço de carne, por exemplo, dificulta a venda pela internet e está sendo trabalhada ao longo do tempo”, finaliza o presidente.
Fonte: GiroNews