O Carrefour informou nesta sexta-feira pela manhã, em encontro com analistas e investidores, o acordo fechado com a startup Zaitt na área de comércio eletrônico.
Trata-se da inauguração na capital paulista de um mercado sem caixas registradoras, no qual todo o processo de compra se dá por meio de aplicativo. “Por que não ter essa parceria da Zaitt criando o Carrefour Express by Zaitt, e ter essas lojas em condomínios?”, disse Paula Cardoso, chefe da unidade Carrefour e-Business Brasil.
O acordo com a Zaitt prevê que o Carrefour preste suporte logístico e abasteça a loja, localizada no bairro Itaim Bibi, na zona oeste da cidade de São Paulo.
A empresa ainda informou que a operação de comércio eletrônico do Carrefour na área alimentar representa 1,2% das vendas anuais da companhia no braço de varejo, disse Cardoso.
No GPA, que há duas décadas vende alimentos pela internet, essa taxa é de 2%. O Carrefour vende alimentos pelo site desde 2018.
O Carrefour diz que o site tem feito três mil pedidos por dia em alimentos em 13 cidades – eram 10 pedidos por dia no início de 2018, quando a companhia lançou o serviço on-line.
Também hoje o Carrefour confirmou informação antecipada pelo Valor de que começará a montar mini-hubs em hipermercados neste ano. Trata-se de áreas de estocagem de mercadorias que serão vendidas pelo site.
As entregas das mercadorias vendidas pelo site, em regiões perto desses hipermercados, sairão desses pontos. A ideia é que 15 hipermercados tenham essa área, chamada “side-store”, neste ano, disse Cardoso.
Além disso, o grupo informou que vai reduzir neste ano em 15 mil metros quadrados a área de hipermercados para usar em locações. São espaços que estão sendo convertidos em áreas para outros usos, como galerias de lojas, e reforçam a atuação do braço imobiliário da companhia.
Em 2018, a redução de área atingiu 85 mil metros quadrados, abrindo estes espaços para locação. A área total de vendas do Carrefour no Brasil é de 1,9 milhão de metros quadrados.
A empresa ainda mencionou uma reformulação de seu modelo de lojas de menor porte, o Carrefour Express. A decisão é abrir unidades menores, de 100 metros quadrados, em média.
Sem aceleração maior
O Carrefour ainda não vê sinais de uma aceleração maior da economia neste ano, disse Sébastien Durchon, diretor financeiro. “Não dá para dizer que há uma aceleração. O nosso setor é dependente de melhora em emprego e isso ainda não avançou tanto”, disse.
O presidente do grupo, Noel Prioux, disse que o avanço da reforma da previdência é necessário para que o país avance e, por consequência, o varejo no país. O comando da empresa esteve reunido nesta manhã em encontro com analistas e investidores.
Fonte: Valor Econômico