O assassinato de João Alberto Freitas no estacionamento de uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre, na última quinta-feira (19), além de trazer à tona a questão do racismo no país, colocou também em xeque a eficácia da adoção de práticas de ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança) pelas grandes corporações.
As ações da empresa francesa, que fecharam em queda de 0,52% nesta terça-feira (24), já tinham perdido R$ 2,2 bilhões de seu valor de mercado na segunda-feira, como resposta de investidores que não toleram mais aplicar seu dinheiro em companhias com valores que não combinam com os seus.
“O mercado financeiro tem que tomar ações para prevenir isso. Tem que incentivar mudança de postura das empresas. Foi uma tragédia o que aconteceu. Todo mundo erra, mas se o Carrefour fosse me pedir financiamento, eu não aprovaria até eles tomarem medidas corretivas para que isso não ocorra novamente”, afirmou Gabriel Todt Azevedo, chefe da Divisão ESG do Banco Interamericano de Desenvolvimento (IDB Invest) em webinar promovido na terça pelo Valor em parceria com o escritório Felsberg Advogados.
Fonte: Valor Econômico