Para o presidente da Abad, porém, até mesmo pequenos varejistas, normalmente avessos à tecnologia, devem se render às compras online
Por Redação
O e-commerce, que já ganhou a adesão de diversos players do varejo e da indústria de bens de consumo, ainda não é muito explorado pelo atacado distribuidor. Segundo Leonardo Severini, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), até o pequeno varejista, “normalmente avesso à tecnologia”, deve se render às compras online. “A próxima tendência a se consolidar no setor atacadista é o e-commerce, mas muitas empresas do nosso setor ainda estão engatinhando nessa modalidade, o que nos motivou a buscar soluções para auxiliar as empresas em sua transformação digital”, revela, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. Neste sentido, o principal projeto da entidade é um marketplace B2B, que está em fase avançada de desenvolvimento.
Atacado Distribuidor X Cash & Carry
Com a entrada do cash & carry no delivery, o atacado distribuidor não teme a perda do seu principal cliente. “Em alguns momentos, o pequeno varejo vai preferir uma oferta do cash & carry e certamente apreciará o sistema de delivery. Mas a entrega do produto não é simples e esta é a conta principal do atacado distribuidor. Não é fácil abrir mão de um pedido mínimo sem sofrer as consequências dos custos inerentes a esta decisão. Além disso, alguns serviços ao varejista são tão importantes quanto a entrega, como negociação de condições especiais, assessoria para ajuste do mix de produtos e promoções da indústria que são restritas a distribuidores e seus clientes”, analisa. De acordo com Severini, todos concorrem pela preferência do mesmo varejista, mas a multicanalidade do cliente abre espaço para as vendas de todos os modelos.
Abad Prevê Crescimento
Os projetos de transformação digital da Abad também incluem um trabalho mais detalhado com dados, gerando análises locais, específicas por canal e “on-time”. Com crescimento de 4,29% em 2020, impulsionado pela preferência pelo varejo de vizinhança, o setor mantém projeções positivas para este ano. “Tivemos o fechamento de restaurantes, mas, em contrapartida, houve um aumento no consumo dentro de casa. Já para 2021, mesmo com o recrudescimento da pandemia e das restrições impostas à economia, o consumo básico se mantém, o que permite antever um desempenho que pelo menos mantenha nossa atividade em patamares sustentáveis neste primeiro semestre. E, com a ampliação do acesso à vacina e gradual retomada econômica, esperamos apresentar crescimento no fim do ano”, conclui o presidente.
Fonte: GiroNews