Depois de entrar no varejo, após 25 anos atuando apenas na fabricação dos produtos, a M.Pollo deu mais um passo no seu desenvolvimento, com a criação do e-commerce da marca no dia 18. A intenção é, além de avançar com a abertura de lojas físicas e franquias, crescer também no mundo virtual e através de espaços dentro de barbearias.
Desde 18 de dezembro, a M.Pollo iniciou sua atuação no âmbito virtual. Mas, para “preservar a atuação no canal multimarca”, a empresa inaugurou o e-commerce com uma coleção anterior em relação aos produtos que estão nos pontos de venda físico. Segundo o gerente nacional de vendas da M. Pollo, André Ribeiro, este será o momento para ‘testar’ o canal on-line, antes de apostar em novos caminhos, como a integração dos das lojas físicas com o e-commerce. “Começaremos a trabalhar através de marketplace a partir de março. A ideia é também, com o tempo, integrar os estoques físico e digital para poder melhorar essa experiência”, acrescenta.
A entrada da empresa no comércio eletrônico vem alguns meses depois da inauguração da primeira loja da marca, em 10 de outubro. Naquele momento, foi aberta uma loja conceito, instalada em Goiânia (GO), no Flamboyant Shopping Center. “Somos indústria há 25 anos e atendemos duas mil lojas multimarcas, com três marcas em nosso portfólio. Estamos fazendo essa entrada no varejo visando uma expansão”, afirma Ribeiro. Os planos da marca englobam a abertura de duas a três lojas próprias em 2018, para depois começar o processo de franquias.
Com investimento para a operação estimado em R$ 500 mil, a M.Pollo aposta em um relacionamento diferente do habitual para conquistar o consumidor. Com atendimento ‘digitalizado’, a loja conceito não dispõe de caixas e computadores. Apenas um celular é suficiente para escolher o produto e, por meio do sistema de bluetooth, finalizar a transação via pinpad – há uma caixa na loja destinada às pessoas que preferirem pagar em dinheiro. Além disso, a empresa firmou uma parceria com a vinícola gaúcha Casa Valduga para sua primeira operação no varejo.
“A loja não tem caixas. O nosso promotor faz o início, o meio e o fim da venda pelo smartphone. Geralmente, a compra é finalizada no bar da loja, onde o cliente pode tomar uma água, um café e tem direito à degustação de vinho. O atendimento mobile e a degustação serão replicadas para as próximas operações”, diz.
A empresa já busca também fórmulas para viabilizar a expansão pelo sistema de franquias, diminuindo o custo de investimento por unidade para R$ 350 mil. Para o próximo ano, a M.Pollo pretende abrir até três operações com capital próprio, em Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), além de uma loja móvel, que circularia por eventos pelo Brasil.
Na expansão por meio de franquias, a M. Pollo deve priorizar uma parceria com as lojas multimarcas que já trabalham com as roupas da bandeira. “Nós queremos franquear o projeto através dos principais parceiros multimarcas que já trabalham com nossos produtos e tenham um relacionamento com a marca. Para o projeto, eles vão entrar com os pontos e nós entraremos com o estoque inicial, a ser pago entre 12 e 18 meses.”
“Projeto barbearia”
Outra alternativa encontrada pela M.Pollo para ampliar a atuação é apostar em pontas de gôndolas dentro de barbearias. Apelidado de ‘Projeto Barbearia’, a ideia da empresa é harmonizar com o público-alvo – formado por homens jovens e adultos, de classe alta – dentro e fora das lojas.
A proposta já está em funcionamento em uma barbearia no Rio de Janeiro e deve ser reproduzida em Goiânia no início do próximo ano. “Nós temos um corner dentro da barbearia onde vendemos nosso produto. É um ponto a mais de contato com os nossos clientes. O homem moderno, que veste M.Pollo, frequenta essas barbearias e nós queremos aproveitar mais essa possibilidade de vendas. Queremos levar esse projeto para barbearias de todas as capitais do País”, explica Ribeiro.
Apesar dos esforços para tornar a marca relevante no varejo, a maior parte das vendas da M.Pollo no próximo ano ainda será proveniente do canal multimarca. Espera-se que 7% das vendas venham do e-commerce e 10% das lojas físicas. Já o Grupo MPL, composto por M.Pollo, Paco (moda para o público jovem) e PK by Paco (infanto-juventil), deve faturar R$ 90 milhões em 2018. Com um portfólio completo em moda masculina adulta, incluindo acessórios, a média de valor dos produtos da M.Pollo é R$ 150.
Fonte: DCI