O varejo brasileiro somou um faturamento de R$ 1,4 trilhão em 2015. Desse valor, o comércio eletrônico responde por R$ 41,3 bilhões, segundo os dados do Ebit. E o ranking da SBVC apontou as 50 maiores empresas de e-commerce do País, que juntas somaram R$ 30,529 bilhões no ano passado.
Na visão do presidente da SBVC, Eduardo Terra, aumento de escala dos grandes players, crescimento do uso dos dispositivos móveis e expansão dos marketplaces são pontos cruciais para tornar o comércio eletrônico no Brasil em um ambiente de negócio efervescente. “O desenvolvimento de marketplaces, em que grandes lojistas abrem espaços para a venda de produtos pelo varejo independente, vem se tornando um instrumento muito forte de disseminação da cultura digutal pelo mercado”, pontua.
Além disso, o estudo da SBVC mostrou que as 50 líderes do e-commerce nacional cresceram acima da média, devido a seus investimentos em tecnologia, gestão e profissionalização. O uso massivo de smartphones também é um fator relevante para a evolução do comércio eletrônico.
Segundo a 27ª Pesquisa Anual de Administração e uso da Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de smartphones em operação no mercado brasileiro chegou a 168 milhões em maio de 2016, alta de 9% se comparado a maio de 2015. A estimativa é que até 2018, a base total de smartphones em operação no Brasil chegará a 236 milhões.
De acordo com o IBOPE Nielsen, os horários em que os celulares são mais utilizados no Brasil são o almoço (53%), a saída do trabalho (55%) e após chegar em casa (63%), embora se mantenha relativamente alto durante todo o dia, demonstrando que o celular está na vida dos usuários o tempo todo e torna-se, assim, um canal relevante de contato com as marcas, produtos e serviços.
Outro estudo, divulgado pela comScore, mostra que, para sites de varejo, o acesso via tablets também é relevante, pela necessidade de visualização de produtos em uma tela maior que a do celular.
No Brasil, 39,1 milhões de consumidores realizaram compras online pelo menos uma vez em 2015, número 3% maior que em 2014, segundo relatório Webshppers, do Ebit. Em dezembro do ano passado, 22% dos novos consumidores fizeram suas compras por meio de um dispositivo móvel, mostrando que, cada vez mais os celulares vêm se tornando também um instrumento de compra e não apenas de pesquisa de preço.
“Não há dúvida de que o e-commerce brasileiro continua a ter um amplo espaço para evolução e, considerando a tendência de integração das lojas físicas aos canais online, terão uma influência cada vez maior na decisão de compra dos consumidores”, completa Eduardo Terra.