Após 17 anos de atuação na Decathlon, sendo quatro no Brasil, o italiano Giovanni Montoneri está liderando um novo projeto de tecnologia aplicada ao negócio. Ele deixou a diretoria de TI da varejista para ser o Chief Digital & Innovation Officer da Zôdio Brasil, uma irmã da Leroy Merlin que tem previsão para ser inaugurada no último trimestre de 2017, em São Paulo.
“Missa missão é ir além da tecnologia e implementar inovações na empresa. Não vamos falar de produtos, mas de paixões, não vamos abordar só soluções tecnológicas, mas como as pessoas agem do conceito people to people”, destaca Montoneri.
Para ele, a transformação digital é pautada por três pilares: humanizar processos com envolvimento de toda organização; promover um ambiente integrado e colaborativo; e desenvolvimento ágil de tecnologias e aplicações que fazem sentido para a empresa.
É exatamente isso que o executivo está fazendo na Zôdio. A loja será montada na Marginal Tietê em um espaço de 3 mil metros quadrados, mas o escritório está localizado em Pinheiros. Em um prédio de três andares, os quase 30 funcionários de diversas áreas trabalham de forma integrada e colaborativa.
“É disso que estou falando, a transformação digital parte do convívio social e humanizado. Quebramos barreiras culturais para que nossos funcionários estejam engajados e engajem os nossos clientes na loja”, pontua Montoneri. Até o final do ano, serão 100 funcionários na Zôdio Brasil.
Os produtos da varejista, chamada de casa rosa, são pautados na mulher. Diferente da Leroy Merlin, focada em venda de produtos de materiais de construção e decoração, na Zôdio, as mercadorias são voltadas para os conceitos de receber, decorar, organizar e cozinhar.
A loja também terá o Fab Lab, um laboratório de fabricação em que os consumidores poderão ter ou dar aulas de artesanato e culinária. “É um conceito voltado para o bem-estar das pessoas. Nossa ideia é ajudar nossos clientes a desenvolverem suas paixões”, acrescenta Montoneri.
A Zôdio é francesa, tem 20 lojas espalhadas na França e Itália e o Brasil foi escolhido para ser a filial fora da Europa. Mesmo com um cenário econômico adverso, Montoneri acredita que o País é importante para estratégia da varejista, pois os brasileiros são criativos e gostam de marcas que têm propósito diferenciado.
Em termos de tecnologia, Montoneri diz que quer facilidade para deixá-lo focado nos negócios. Para isso, terceirizou grande parte da infraestrutura de TI e Telecom e colocou o ERP na nuvem. Segundo ele, a Zôdio precisava de pessoas que pensam fora da caixa para criar uma empresa digital, mas humana.
“Como meu dever na Decathlon, que é do mesmo acionista, já tinha sido cumprido, aceitei esse desafio de implementar projetos com conceito de startups, ficar no Brasil, que é um país apaixonante e com grande potencial, além de quebrar paradigmas no Varejo”, conclui o executivo.
Fonte: Decision Report