A Zissou é uma startup do tipo DNVB — ou seja, é uma marca vertical nativa digital. A empresa foi criada em 2016 por Amit Eisler, Andreas Burmeister e Ilan Vasserman, pensada para operar 100% pela internet. No entanto, mesmo as companhias que operam digitalmente foram afetadas pela pandemia do novo coronavírus, que forçou a instituição de uma quarentena no Brasil e em diversos países do mundo.
Em uma aula do Re.StartSe, programa de capacitação 100% online e gratuito da StartSe, Amit Eisler compartilhou quais foram as mudanças sofridas pela startup. A primeira, comum para empresas que vendem digitalmente ou não, foi o home office. “Nossa equipe está trabalhando 100% de casa e tem sido uma boa experiência. Os projetos têm sido desenvolvidos mais rapidamente do que aconteciam no escritório”, comentou o empreendedor.
A Zissou foi criada para ser uma “startup do sono”. A empresa acredita em três pilares para uma boa qualidade de vida: alimentação, atividade física e sono. Dessa forma, a companhia se especializou em oferecer produtos para tornar este momento mais agradável, a exemplo de colchões, travesseiros, lençóis, entre outros.
A startup foi pioneira na tecnologia de “bed in a box”, em que os colchões são entregues em caixas de um metro. O modelo possibilita que os colchões sejam vendidos pela internet, e os clientes possuem 100 dias de testes para efetuar a devolução caso não gostem do produto. Dessa forma, os consumidores podem escolher três formas de compra: 100% online, visitar a Casa Zissou em São Paulo para experimentar o produto ou em uma loja Fast Shop, que se tornou sócia da companhia.
Os 8 aprendizados
1º – A melhor defesa é o ataque;
Com o início da pandemia, a companhia não sabia o que aconteceria com a demanda pelos produtos. “Colocamos o pé no freio nos investimentos em marketing digital, mas em duas semanas mudamos e voltamos a atacar. Entendemos que o faturamento dos concorrentes depende da loja física, enquanto o nosso, não. Nos últimos três meses, nossa venda aumentou em 90% porque já estávamos completamente habituados ao digital”, explicou Eisler.
2º – Tenha alternativas na cadeia de suprimentos (até para uma startup);
Os colchões da Zissou são produzidos nos Estados Unidos, país que foi (e continua) afetado pela pandemia. Houve uma crise na cadeia de suprimentos global. Com a experiência, a Zissou tomou a decisão de nacionalizar parte de sua produção e irá fabricar os colchões também no Brasil.
3º – Seja lembrado por suas ações;
A companhia aderiu à campanha “Não Demita” os funcionários, bem como não reduziu salário ou jornada. Outra iniciativa neste momento foi a doação de 5% do faturamento mensal para instituições que operam diretamente no enfrentamento ao COVID-19, como hospitais, entre outros.
4º – No caso da pandemia, a melhor “previsão do futuro” vem da experiência do que está acontecendo em outros países;
A startup passou a acompanhar como os países que enfrentaram o vírus primeiro estão se recuperando após a quarentena.
5º – Quem se adaptar rapidamente irá sair ganhando;
Quem se adequou ao digital ou criou uma nova fonte de receita neste período poderá continuar com a novidade para fortalecer a companhia mesmo com a reabertura da operação presencial.
6º – O principal ativo de uma DNVB não é uma marca, é o time;
“Nós aprendemos que o principal ativo de uma DNVB não é uma marca, como achávamos, é a equipe. Aprendemos isso com a rapidez que o time se adaptou. Quanto mais valorizamos, maior é o retorno e a capacidade de produção”, contou o fundador.
7º – Transparência é essencial para recalibrar as relações e potencializar sinergias;
8º – O caixa é crítico para pavimentar o crescimento e pivotar quando necessário.
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Fonte: Startse