A força do varejo brasileiro não está só nos grandes centros e principais metrópoles do país. O varejo regional se destaca por conhecer seu público específico, em cidades menores, com um contexto totalmente diferente da lógica aplicada nos municípios mais populosos. O Grupo Zema, desde 1976, apostou na proximidade para entrar no setor de eletrodomésticos e produtos afins e até hoje a tradição se mantém.
“Nas cidades pequenas têm alguns problemas de infraestrutura e somos obrigados a aprender a cultura regional, a entender com mais afinco o que o cliente realmente quer comprar”, afirma Adilson dos Santos, diretor-geral corporativo do Grupo Zema, convidado ao BR Week, o maior congresso de varejo do Brasil.
Com sede em Araxá, em Minas Gerais, a empresa foi crescendo nos arredores e se expandindo, mas sempre com o foco no regional. “Era muito mais fácil abrir uma loja do lado da sede, porque favorece a logística, principalmente. Fomos adquirindo conhecimento e inteligência do mercado regional”, diz o executivo.
O Grupo Zema atualmente possui mais de 440 lojas Zema Eletro, com faturamento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, ocupando a 10ª posição entre as maiores redes de eletrodoméstico do País.
Apesar da vinda robusta dos cartões de crédito no Brasil, o grupo decidiu continuar apostando nos carnês, que representam mais de 60% do faturamento total das vendas – um dos indícios de que a tradição reina nas cidades pequenas e que os consumidores costumam mudar com menor frequência do que aqueles que vivem nas grades cidades.
“Com a vinda do cartão de credito, essa operação diminuiu, em geral. Algumas localidades que são desprovidas de bancos e muito menos de portadores de cartao de credito. Para viabilizar a loja e as vendas naquele ponto somos obrigados a oferecer o carnê porque vimos que ele ainda é demandado por grande parte dos consumidores no varejo regional”, explica Adilson.
Varejo regional x digital
O Grupo Zema, em uma de suas primeiras investidas no digital, lançará seu e-commerce no começo do segundo semestre deste ano. A estratégia é diminuir a concorrência com outros players que estão entrando forte nas cidades pequenas com seus e-commerces. “Ainda estamos em uma fase de analisar qual é nossa estratégia digital, mas não tem como fugir disso. É natural que no varejo regional isso venha depois”, afirma o diretor do grupo.
Tem uns dois anos que estamos investindo no digital e é uma tendencia do mercado e nao temos como fugir disso. Até o final do ano, vamos estar com o nosso e-commerce. Provavelmente até outubro. Hoje o nosso site é muito mais para uma venda assistida à loja física do que proriapmente disponibilizar aos cliente em casa. Estamos numa fase de ver qual é a nossa estratégia para o digital.
Fonte: BR Week