A Inditex, dona da Zara, informou ontem que está diminuindo a intensidade da expansão de suas lojas físicas e reforçando seu investimento no comércio eletrônico. Com isso, a maior varejista de moda do mundo tenta manter seu impulso de crescimento.
A medida ocorre num momento em que a empresa divulgou seu mais fraco crescimento anual das vendas comparáveis desde 2015. Executivos do grupo, que detém também marcas como Massimo Dutti e Bershka, disseram que continuarão a fechar lojas de menor porte a fim de priorizar a inauguração de unidades grandes, emblemáticas, em centros comerciais movimentados.
Os fechamentos de lojas superaram as inaugurações no quarto trimestre de 2017. O total de pontos caiu pela primeira vez no comparativo trimestre a trimestre, de 7.504 para 7.475. Mas a área total de vendas subiu 7,4% nos 12 meses encerrados em 31 de janeiro deste ano, o que chama a atenção para o foco na abertura de grandes lojas-conceito de Veneza a Miami. Executivos disseram que esse ritmo deverá desacelerar para cerca de 4% a 6% em 2018 e nos anos seguintes, mais do que o previsto pelos analistas.
Ao mesmo tempo, a empresa informou que vai operar lojas on-line em todos os 96 mercados onde atua. Hoje, isso só ocorre em 49 países. “As vendas on-line estão se tornando cada vez mais relevantes”, disse aos analistas Pablo Isla, CEO da Inditex.
O comércio eletrônico representou 10% das vendas anuais da Inditex, de EUR 25,3 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de janeiro. A comercialização por esse canal disparou 41% durante o período.
Houve uma alta de 7% do lucro líquido, que passou a EUR 3,4 bilhões nos 12 meses encerrados em 31 de janeiro. No entanto, as vendas em lojas operantes há um ano ou mais cresceram 5% – uma desaceleração marcante em relação à expansão de 10% anunciada no ano fiscal anterior.
Fonte: Valor Econômico