O Grupo Wine, dono dos sites de comércio eletrônico Wine.com.br e Beer.com.br, anunciou mudanças de comando. Rogério Salume, sócio da companhia e presidente do grupo durante dez anos, assumiu, ontem, o cargo de presidente do conselho de administração e estratégia. Ele foi substituído, como presidente executivo, por Marcelo D’Arienzo, que já era membro do conselho.
A companhia é controlada pela empresa de investimentos EB Capital, dona de 40% do capital, e pela Península Participações, que tem de 30% a 40% da varejista de bebidas. Os fundadores Rogério Salume e Fernando Opitz são sócios minoritários.
Formado em administração pela Faap, D’Arienzo tem 34 anos de idade. Há cinco atua como sócio e diretor de investimentos da Península Participações, na qual liderou o investimento na Wine.com.br. Ele também é presidente do conselho de administração da rede de padarias Benjamin, cargo que vai manter.
“Aceitei o desafio porque tenho uma relação de muita confiança com o Rogério [Salume] e com o Grupo Wine. O que tenho a fazer agora é acelerar o plano estratégico que definimos no ano passado”, afirmou D’Arienzo.
A companhia tem como prioridade ampliar a atual base de assinantes, de 140 mil, disse D’Arienzo. Para isso, a empresa vai investir em atuação no varejo físico. “Hoje, temos participação nas compras para formação de adega, experimentação e compras por impulso. Mas, para participar das vendas de vinho gelado e degustação, é preciso ter presença física”, afirmou.
O grupo pretende fazer isso por meio da Bodegas, importadora e distribuidora de vinhos para o mercado empresarial que foi adquirida em abril de 2018. A Bodegas possui três lojas, em Porto Alegre e Curitiba, batizadas de Garage. A meta para a Bodegas é abrir 100 lojas em cinco anos.
O Grupo Wine pretendia abrir de seis a sete lojas Garage em 2018, mas devido à deterioração do cenário econômico, postergou o projeto para este ano, afirmou Salume. D’Arienzo disse que o grupo pode acelerar o projeto de abertura de unidades, se as condições de mercado ficarem mais favoráveis.
Fonte: Valor Econômico