No ano passado, administradora de shopping centers triplicou a velocidade de digitalização prevista no período pré-Covid
Por Daniela Braun
Integrar o shopping center às vendas on-line é uma das prioridades na agenda de Ruy Kameyama, CEO da BrMalls. Ele é o entrevistado do programa Liderança Digital, do Valor, desta semana.
Em um dos setores mais impactados pelas restrições contra o avanço da covid-19, o processo de digitalização foi acelerado. “A gente triplicou a velocidade de digitalização prevista no período pré-covid”, diz Kameyama.
O CEO nota que “a pandemia também acelerou a transformação digital do consumidor”. “Ele se viu numa situação em que tinha de usar mais as ferramentas digitais por conta do isolamento.”
A agenda de transformação digital da BrMalls, empresa que tem participação em 31 shopping centers no país, começou há mais de três anos, quando Kameyama assumiu o comando da companhia. Viagens a empresas do Vale do Silício, nos Estados Unidos, e à China, em 2018, serviram de exemplo e inspiração.
“O shopping sempre foi um modelo de sucesso, estável e previsível no Brasil”, afirma. “Quando vê a tecnologia, você pode ficar na defensiva, tentando se proteger, ou enxergar como uma oportunidade.”
Para acompanhar a transformação do consumidor, a BrMalls aposta em fortalecer serviços por aplicativos e nas entregas de última milha do comércio eletrônico. “Num futuro muito próximo a gente vai conseguir botar o shopping na palma da mão para o consumidor”, prevê o executivo.
Na entrevista, o CEO também fala sobre um projeto para trazer marcas “nativas digitais” ao varejo físico e da expansão de sua plataforma digital de serviços para varejistas, por meio da empresa Delivery Center.
Semanalmente, o Liderança Digital traz entrevistas gravadas em vídeo com CEOs de grandes empresas dos mais diversos setores. A cada programa, executivos compartilham suas visões e experiências sobre o papel da tecnologia na evolução dos negócios. Os vídeos vão ao ar às sextas-feiras, a partir das 8h, no site e nas redes sociais do Valor.
Fonte: Valor Econômico