Um ambiente para que profissionais da América Latina possam pensar e desenvolver a próxima geração de soluções de pagamento. Esse é o objetivo da Visa ao inaugurar, aqui em Miami (EUA), um espaço de 250 m² disponível para clientes, parceiros e desenvolvedores. Neste ambiente, será possível ter acesso a protótipos, novas ideias, APIs e SDKs da Visa para que novas possibilidades sejam criadas com foco total na melhor experiência do usuário. Nos últimos dois anos, a empresa tem trabalhado em mudar sua estratégia de desenvolvimento de produtos, de um posicionamento “Made by Visa” para “Enabled by Visa”. Assim, a integradora de instituições financeiras quer abrir diálogos e possibilidades cada vez maiores para que os parceiros criem soluções que entreguem resultados cada vez mais específicos às suas necessidades, de forma cada vez mais eficiente. “Esta unidade nos permitirá acessar o cenário promissor das startups tecnológicas do sul da Flórida para a co-criação com nossos parceiros, beneficiando consumidores de toda a região da América Latina”, explica Eduardo Coello, executivo responsável pela Visa Inc. da América Latina e Caribe.
Com a migração de pagamentos com cartão para sistemas digitais e a entrada de novas empresas no tradicional grupo de players do setor de pagamentos, a Visa quer garantir que cada dispositivo, equipamento ou wearable conectado à Internet seja um local seguro para o comércio. Por isso mesmo, há pouco mais de um ano, a marca lançou seu primeiro centro de inovação no Vale do Silício e, desde então, já inaugurou outros três – Dubai, Cingapura e, agora, Miami. São Paulo ganhará uma versão diferenciada desse Centro de Inovação nas próximas semanas, a tempo das Olimpíadas.
No Centro de Inovação, é possível ter acesso a protótipos que mostram como as transações financeiras acontecerão em um futuro próximo. Por exemplo, é possível trabalhar com telas touch em lojas para que o inventário seja mostrado de forma mais abrangente para o cliente, e o pagamento pode ser feito via soluções NFC. Em uma outra demonstração, é possível passar por um sensor (como os existentes na saída de lojas de departamentos para evitar furtos) e, instantaneamente, todos os produtos colocados dentro de uma sacola são escaneados, com o valor total a ser pago sendo exibido numa tela. Este seria, por exemplo, o fim dos caixas de supermercados, que deixariam de existir para dar lugar a máquinas mais inteligentes. Pense, agora, na realidade dos viajantes, que precisam avisar aos bancos quando irão viajar para que as transações no exterior não sejam bloqueadas. Todo celular possui serviço de geolocalização, certo? Por que não aproveitar essa informação para avisar ao banco o local exato do cliente e, assim, permitir – ou não – as compras fora do padrão de forma automática e mais segura? É sobre tudo isso que estamos falando aqui.
Hoje, a Visa possui mais de 100 APIs desenvolvidas para que programadores trabalhem em novas ideias. 11 delas já estão disponíveis para o público, e as outras devem ser publicadas no Visa Developer Center ao longo dos próximos meses. Essas APIs já estão sendo aproveitadas por startups e empreendedores de todo o mundo, e a empresa está investindo na promoção de Hackathons para que novas ideias surjam dessas possibilidades.