A Via Varejo vai testar alguns projetos na sua operação de venda on-line e em lojas físicas. Até o fim do ano, será possível reservar a mercadoria no site das Casas Bahia, por exemplo, e pagar o produto na retirada, numa loja da rede a ser escolhida.
A companhia ainda fechou acordo com postos de combustível para que clientes retirem nesses locais itens comprados on-line. “A ideia é buscar novos canais. Acordos podem ainda ser fechados com os Correios”, diz Flávio Dias, diretor de comércio eletrônico.
Há seis meses, um novo programa começou a ser desenvolvido em parceria com a consultoria Accenture. A primeira fase envolveu o mapeamento da base de clientes e de suas transações nos sites e nas lojas. Na segunda fase a base de dados será usada para, por exemplo, criar ofertas segmentadas. “A Via Varejo está sentada numa montanha de dados de clientes, mas usamos só uma fração disso”.
A empresa ainda quer fazer mais lojistas usarem os serviços do seu “marketplace”, como armazenamento, publicidade. Na prática, é o que todas as concorrentes têm buscado, pois gera receita com as taxas de comissão cobradas. “Não dá para colocar hoje 200 lojistas usando esse formato ‘fullfilment’ [pacote com os serviços]. O que estamos fazendo agora é trabalhar para expandir o uso dos serviços a partir do início de 2018.”
Há uma necessidade de a Via Varejo avançar na integração do conjunto de sistemas do braço físico e on-line, e isso passa também por resolver questões fiscais. Após adiamentos na data final de unificação dos sistemas, a empresa disse que a união deve ser concluída em meados de 2018. Os prazos já foram meados de 2017 e depois, no fim deste ano.
Neste ano, a empresa pensou em montar uma operação com mais de um CNPJ para não perder benefícios fiscais que tem no Rio de Janeiro. A ideia era incorporar os benefícios à operação integrada, mas as conversas com o governo não avançaram. O grupo teve que mudar os planos e tentar montar o que chama de “plataforma multiempresa”, com vários CNPJs, para não perder o benefício. O Valor apurou que a rede ainda trabalha com plano de ter um único CNPJ até meados de 2018.
Apesar dessas mudanças de data, a companhia diz que há ações paralelas acontecendo. Um ano e meio após o anúncio da união dos negócios, site e lojas passaram a operar em uma única sede no fim de 2016. Ainda houve redução de custos logísticos, com efeito na redução no prazo de entrega e nível de serviço neste ano.
Fonte: Valor Econômico