A Via Varejo, formada da união de Casas Bahia e Ponto Frio, informou que está estudando um novo modelo de lojas, mas ressaltou que não detalharia o plano ao mercado, disse o comando da empresa em teleconferência. A empresa informou ainda que não tem plano agressivo de abertura em 2017 — até o momento, abriu apenas duas lojas.
Sobre o desempenho das vendas, a empresa ressaltou que março foi o melhor mês até o momento e abril continua com bom desempenho. “O mercado está um pouco mais positivo”, disse o presidente Peter Paul Estermann, para analistas em teleconferência. Segundo ele, a liberação de FGTS teve impacto na demanda, a mas empresa diz que não consegue medir efeito.
Além disso o comando ainda disse que a companhia tirou lojistas do “market place” (plataforma de vendas online em que a rede hospeda lojistas em seus sites) para manter nível de serviço. “Nós não só tiramos, mas temos trazido também novos [vendedores]”, afirmou ele, para explicar a razão do aumento do número de lojistas, apesar da retirada de empresas instaladas em seu “market place”.
Sobre o negócio online, o presidente ressaltou que a empresa quer transformar a cultura da companhia para um negócio digital. E ressaltou que mais de 30% da venda de “produtos elegíveis” acontece pelo sistema “retira em loja” (cliente compra no site e retira em pontos físicos).
O lucro líquido da empresa atingiu R$ 97 milhões de janeiro a março, versus R$ 9 milhões em 2016.
A direção da Via Varejo informou que, apesar de prever equilíbrio nos números, conquistando o “breakeven” ao longo de 2017 no negócio on-line, o primeiro trimestre já apresentou resultado “marginalmente positivo”. A empresa não abriu números, contudo, durante a teleconferência.
Estermann disse ainda que a companhia identificou novas sinergias, além das já anunciadas, após a integração entre site e lojas físicas, mas ele não mencionou exemplos desses novos ganhos.
Ainda sobre a operação on-line, o executivo afirmou que mais de 30% da venda de “produtos elegíveis” acontece pelo sistema ‘retira em loja’ (o cliente compra no site e faz a retirada em ponto físico).
A respeito da operação de “market place” (plataforma eletrônica em que a empresa hospeda operações de diferentes lojas), a companhia informou que fez uma “depuração” de sua base de lojistas para manter o nível de serviço. São cerca de dois milhões de lojistas na base. A companhia não informou o volume de lojistas retirados na base, mas disse que a saída acontece ao mesmo tempo que novos lojistas entram no sistema.
Desde o fim do ano passado, a operação on-line e de lojas tradicionais do Via Varejo operam no mesmo escritório, em São Caetano do Sul (SP).