A Via Varejo está repaginando o Bahianinho, o personagem carismático criado por Samuel Klein na década de 60 como uma homenagem aos clientes das Casas Bahia.
Em sua nova encarnação, o Bahianinho deixa de ser uma criança rechonchuda para se tornar um pré-adolescente, e, pela primeira vez, passará a falar nos comerciais da empresa.
O próprio nome ‘Bahianinho’ está sendo trocado por ‘CB’, dando ao garoto-propaganda um apelo mais nacional.
“O CB está passando por uma evolução; ele deixa de ser um mascote e passa a ser o porta-voz dos nossos valores: sustentabilidade e diversidade,” disse Ilca Sierra, a diretora de marketing da Via Varejo.
Nos quase dez anos que passou no marketing do Magazine Luiza, Ilca liderou a equipe que transformou a Lu, outro avatar simpático, na influenciadora da marca.
Em julho, a Casas Bahia já havia trocado seu bordão de décadas — “Dedicação total a você” — por uma nova assinatura: “Nossa casa é o Brasil, e nossa causa é o brasileiro”.
Na repaginação — feita pelo estúdio gaúcho Miagui — o Bahianinho troca seu tradicional chapéu de cangaceiro por um boné, ganha uma pele mais morena e passa a usar uma pulseira com a imagem da Terra, remetendo à preocupação ambiental da companhia.
No ano passado, a Via Varejo reciclou mais de 10 mil toneladas de embalagens e hoje trabalha com logística reversa em cerca de 250 lojas.
“A marca Casas Bahia já é muito consolidada com pais e avôs, e agora queremos ir atrás dos jovens,” o CEO Roberto Fulcherberguer disse ao Brazil Journal.
Em seus comerciais recentes, a Via Varejo está tentando ir além de sua imagem de especialista em eletroeletrônicos para se posicionar como um marketplace onde o cliente encontra de tudo.
Nos filmes de ofertas na TV aberta e nas redes sociais, onde antes só se falava de televisores e máquinas de lavar, hoje a companhia promove de pneus a fraldas, de produtos de higiene e beleza a — pasmem — itens de agronegócio.
A campanha com o CB já estava sendo trabalhada nas redes sociais e estreia na TV hoje.
De mascote a porta-voz: a evolução do Bahianinho
Fonte: Brazil Journal