As vendas do varejo devem voltar a crescer apenas em abril, segundo o Índice Antecedente de Vendas, do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV). O indicador é elaborado com base nas projeções feitas pelos associados do instituto. A estimativa para abril é de crescimento real nas vendas de 2,3%, em relação ao mesmo período em 2016.
Em janeiro, o IAV-IDV fechou com queda de 4,1%, em comparação a janeiro de 2016. O setor também estima a continuidade dos resultados negativos nos próximos dois meses, mas em um patamar menor, com queda de 1,9% em fevereiro e 0,7% em março. O objetivo do indicador é antecipar entre 30 a 40 dias os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumaria, apresentou queda de 6,0% nas vendas realizadas em janeiro, na comparação anual. As projeções para os próximos meses sinalizam queda de 3,8% e 2,9% em fevereiro e março, respectivamente, e alta de 3,3% em abril.
Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, também apresentou queda em janeiro, de 0,3%, na comparação anual. No entanto, a expectativa para os próximos meses é positiva, com crescimento de 2,0% em fevereiro, 3,3% em março e 1,0% em abril.
No segmento de bens duráveis houve leve queda de 0,1% em janeiro. Em nota, o IDV afirma que a recuperação da confiança dos consumidores e a retomada do crédito continuam sendo os principais desafios para o segmento. A projeção dos associados para os próximos meses é de estabilização em fevereiro e crescimento de 1,6% em março e 0,8% em abril de 2017, ante os mesmos períodos em 2016.