Quatro meses após o início da quarentena, a Renner está com cerca de 73% de suas 600 lojas reabertas, considerando todas as suas marcas de negócios. Em média, a operação atinge, hoje, 65% do nível de vendas considerado normal para o período. Essa taxa era de 57% no começo de julho. Houve melhora acima do que a empresa previa na inadimplência, disse ontem o presidente do grupo, Fabio Faccio.
“Algumas lojas estão até superando o normal esperado agora, mas, na média, a taxa está em 65% nas unidades abertas. Temos visto um fluxo ainda baixo, mas uma taxa de conversão alta, porque quem vai até a loja, vai para comprar”, disse. O grupo é dono da Renner, Camicado, Youcom e Ashua.
Após resultados fracos no primeiro trimestre, com vendas caindo 1,5% e lucro com queda de 93%, a Lojas Renner manteve lojas fechadas em parte do segundo trimestre, vendendo on-line.
Ao fim de maio, eram menos de 20% dos pontos abertos. Apesar do bom desempenho no digital após abril, o grupo precisa acelerar o negócio das lojas físicas, em parte, dizem analistas, pelo seu maior peso nas vendas. Segundo relatório do BTG, a expectativa é que, entre os setores de varejo, moda e construção civil tenham a retomada mais lenta nos próximos meses.
O grupo planeja iniciar, hoje, a venda de uma nova coleção de jeans confeccionado com material sustentável, da linha “Re Jeans”, em sete lojas e no site. Em 2018 o grupo criou o selo “Re – Moda Responsável”.
A coleção foi produzida com redução média de 44% no consumo de água frente a uma peça convencional. Entre os insumos usados estão sobras de tecido, o que reduz a geração de resíduos. São 15 modelos, custando entre R$ 79,90 e R$ 199,90, na faixa de preço dos jeans tradicionais da rede. “Não adianta falar em defesa do ambiente, se não for financeiramente viável. Tem que vender. Não só os ganhos de escala, mas tecnologia e produtividade permitem que tenhamos preços competitivos.”
Fonte: Valor Econômico