Por Redação | A Empreendimentos Pague Menos, presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, registrou EBITDA ajustado consolidado de R$ 168,5 milhões no 1T23, 3,8% acima do 1T22 e receita bruta consolidada de R$ 2,8 bilhões. Um dos destaques no trimestre foram os canais digitais, que cresceram 66% e alcançaram receita de R$314,4 milhões, sendo 58% das vendas no e-commerce, que cresceu 95% em relação ao 1T22. O resultado positivo é decorrente do incremento no tráfego orgânico gerado por ações realizadas no BBB e pela aceleração do canal social commerce.
“Em 2023, a Pague Menos foi a primeira rede de farmácia a patrocinar o maior reality show do Brasil”, afirma Mário Queirós, CEO da Pague Menos e Extrafarma. “Ao longo dos cem dias de confinamento, a Pague Menos realizou ativações estratégicas que aumentaram o nosso awareness e contribuíram com o aumento da visibilidade da rede no país”. A expansão dos canais digitais trouxe um crescimento expressivo na base de clientes ativos. Ao final do 1T23, a bandeira Pague Menos contava com 17,5 milhões de clientes ativos, 9,8% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. Considerando ambas as bandeiras, a companhia atingiu a marca de 19,9 milhões de clientes ativos.
Ao longo dos três primeiros meses do ano, a companhia também registrou aumento de market share nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com crescimento nacional orgânico 2,5p.p. acima da média de mercado. “A nossa participação de mercado no trimestre foi a mais positiva desde o final de 2021”, comemora Queirós. Os principais fatores por trás do resultado foram o cenário competitivo mais favorável e a maturação das lojas inauguradas nos últimos anos, com desempenho de vendas acima do planejado. Ao todo, foram quatro inaugurações e três encerramentos no período, além da conversão de 11 lojas da Extrafarma para a bandeira Pague Menos.
Já as vendas totais da rede no 1T23 foram diretamente impactadas pela queda na demanda por testes de Covid-19, que atingiu seu pico no mês de janeiro de 2022 com o avanço da variante Ômicron e o avanço de Influenza. Ainda assim, houve crescimento de 9,7% em Pague Menos, enquanto a Extrafarma teve retração de 4,6% por conta do encerramento da operação de atacado e a redução na base de lojas.
Processo de integração com Extrafarma
A captura de sinergias de Extrafarma no 1T23 chegou a R$ 12,2 milhões, resultado acima do esperado. Em fevereiro de 2023, três meses antes do previsto, foi concluída a parte mais crítica do plano de integração, com a migração de sistemas, redesenho da malha logística de abastecimento das lojas e reorganização das estruturas organizacionais. Apesar de impactos pontuais inerentes aos processos de M&A, o EBITDA ajustado de Extrafarma vem mostrando melhorias contínuas, atingindo o ponto de breakeven operacional em março. O processo de captura de sinergias deve se estender ao longo dos próximos trimestres, atingindo seu potencial ao final de 2024.
Consolidação do Hub de Saúde
A rede encerra o 1T23 com 1.059 unidades do Clinic Farma, que segue seu processo de consolidação como uma das maiores capilaridades em serviços básicos de saúde no Brasil. “Com o controle da pandemia, o Clinic Farma está conseguindo retornar à sua proposta original, que é ser um complemento ao nosso core business com a capacidade de alavancar a fidelização e o aumento no gasto médio dos clientes”, ressalta Queirós. Ao todo, foram 643 mil atendimentos no período, aumento de 54% em relação ao registrado no trimestre anterior. O incremento está relacionado à inclusão de serviços de baixa complexidade, como aferição de pressão arterial e teste de glicemia como benefícios no programa de fidelidade Sempre Bem.
Ajuste nos planos para 2023
Depois da expansão recorde registrada em 2022, que teve a abertura de 118 lojas próprias e integração de 399 lojas da Extrafarma, a companhia optou por diminuir o volume de investimentos no ano e mudou a projeção inicial de abertura de 60 lojas para 20. “Decidimos focar na integração com a Extrafarma, principalmente os estoques, onde enxergamos potencial relevante para geração de valor aos acionistas”, explica Queirós. “Acreditamos que o ciclo de caixa irá se normalizar a partir do segundo trimestre, com redução importante no PME e início do ciclo de desalavancagem financeira, reduzindo a pressão das despesas financeiras no resultado”, conclui.
Fonte: Guia da Farmácia