Por Ana Claudia Nagao | O mercado farmacêutico deve fechar o mês de junho com R$ 18,8 bilhões em vendas nas farmácias, o que corresponde a uma média de 681,2 milhões de itens comercializados, segundo prévia divulgada da IQVIA. Em comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi de 8% em valores e de 2,3% em unidades.
Embora inferior aos resultados de maio, o desempenho das farmácias em junho é o maior da série histórica do mês. Para especialistas, este seria um sinalizador do incremento esperado para o setor no primeiro semestre.
Vendas nas farmácias por categoria
Considerando as vendas nas farmácias por categoria, é possível dividi-las em dois extratos principais – os artigos farmacêuticos (medicamentos de marca, genéricos e de referência) e os de consumo (cuidados pessoais, MIPs, cuidados ao paciente e nutrição).
Artigos farmacêuticos – Os remédios de marca possivelmente terão um aumento de 7,5% em valores, com R$ 5,6 bilhões em vendas. O faturamento projetado para os medicamentos de marca é de R$ 3,7 bi, enquanto a movimentação dos genéricos soma R$ 1,7 bilhão. Em unidades, percebe-se uma tendência de queda, com exceção dos genéricos.
Consumo – Os produtos de cuidados pessoais deverão apresentar um crescimento de 4,7%, totalizando 155,9 milhões de unidades e R$ 3 bilhões em vendas. Os MIPs poderão crescer 4,5% em valores (R$ 3,9 bi), mas com queda de -0,1% em unidades.
Ranking de vendas por farmacêuticas
No ranking dos maiores laboratórios farmacêuticos, a Eurofarma foi a única a alcançar faturamento bilionário no mês, com R$ 1,03 bilhão em vendas. Apenas R$ 60 mil separam a líder da EMS. Aché, Cimed e Neo Química completam o top 5. Os números reforçam a tendência de concentração na indústria. Somente 15 farmacêuticas e fabricantes de bens de consumo concentraram 39% do faturamento de junho, acumulando R$ 7,35 bilhões no período.