Como aspecto negativo, pesa o efeito inflacionário em parte do ano e a lentidão na geração de novos empregos
Por Adriana Mattos
As vendas reais dos supermercados tiveram alta de 1,97% em novembro versus outubro, informou hoje a Abras, a associação do setor. O avanço inclui o desempenho do setor de atacarejo. A Abras não informa dados de vendas apenas dos canais de varejo (supermercados e hipermercados).
Os supermercados ainda registram elevação de 4,43% nas vendas em novembro versus mesmo mês de 2020. De janeiro a novembro, as vendas de supermercados avançaram 2,88%.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, disse ainda que o setor projeta alta de 2,8% nas vendas em 2022. Em 2021, a alta estimada foi de cerca de 3,5%.
“A projeção de 2022 precisa considerar a base mais forte do primeiro semestre de 2021 e também a nossa postura de adotar um posicionamento mais conservador para este ano”, disse ele.
Como aspecto negativo, pesa o efeito inflacionário em parte do ano — os reajustes de preços continuam pressionando o volume vendido nas lojas — e a lentidão na geração de novos empregos. A pandemia ainda é “um fator de atenção”.
De forma favorável, 2022 tem como fatores positivos a maior circulação de recursos na economia, em parte como efeito das campanhas eleitorais, e o auxílio do governo de R$ 400.
Sobre o aumento do contágio por covid-19 e influenza desde dezembro, a Abras disse que não identificou falta expressiva de funcionários nas lojas. “Está normal e não há preocupação maior em relação a isso”, disse.
Milan ainda disse que as chuvas fortes têm causado certo impacto na cadeia de abastecimento em certos Estados.
Fonte: Valor Econômico