Após concluir a aquisição de 66 imóveis de lojas das Pernambucanas, por valor superior a R$ 450 milhões, a Credit Suisse Hedging Griffo (CSHG) avalia comprar novos ativos em segmentos do varejo. “A gente tem provocado mais essas conversas, mas hoje já existe um movimento de lá para cá, com as redes também contratando ‘advisors’ para negociar seus pontos”, afirmou Augusto Martins, diretor da área de real estate da CSHG, em entrevista ao jornal Valor Econômico . Um novo acordo pode ser fechado com o Grupo Big, que no ano passado já vendeu 10 lojas ao fundo.
Esse tipo de movimentação tem sido cada vez mais comum no varejo brasileiro. Há pouco mais de um ano, o GPA vendeu 39 lojas ao fundo imobiliário TRXF11, em uma transação que movimentou valor acima de R$ 1,1 bilhão. Logo depois outros 6 pontos onde funcionam unidades da bandeira Pão de Açúcar foram negociados com a Rio Bravo Investimentos.
Desde meados de 2019 se tornaram mais comuns as sondagens por parte das gestoras, interessadas, sobretudo, em formar carteira com imóveis em que operam lojas de grandes grupos varejistas. A avaliação é de que o risco do investimento é baixo e os retornos são mantidos em longo prazo, uma vez que os contratos de aluguel não costumam durar menos do que 10 ou até 20 anos. A queda na taxa de juros também contribui para acelerar o interesse por esse tipo de negócio.
Para as redes varejistas, os valores levantados com venda de imóveis melhoram a estrutura de capital, mas claro que há um efeito de médio/longo prazo relacionado aos custos de locação dos pontos comerciais.
Fonte: S.A. Varejo