Varejo: setor mais visado por cibercriminosos aposta em cibersegurança

De acordo com a edição de 2023 do relatório anual X-Force Threat Intelligence Index, da IBM, o setor do varejo foi o mais visado por ataques hacker no Brasil em 2022, contrariando a tendência global de mirar a área industrial. O país, segundo a pesquisa, concentrou 67% das ameaças detectadas na América Latina.

Renato Simões, Diretor de Vendas para os setores de Indústria e Comércio na Oi Soluções explica que essas empresas de fato estão bastante expostas a ciberataques, ainda mais quando não se tem governança para enfrentar o problema.

Nesse cenário, o executivo pontua que 80% de todas as vulnerabilidades não vêm de fora da empresa. “Estão dentro da rede, às vezes no próprio escritório. É um funcionário usando um pen drive que não pode, é alguém acessando um site malicioso sem saber etc”, exemplifica ele.

Assim, Simões defende que se implemente dentro das empresas de varejo a chamada governança de segurança, que passa por três etapas. A primeira fase é o “desespero”, quando o cliente se dá conta, de um dia para o outro, de que precisa de proteção contra os ataques. A segunda diz respeito ao planejamento, ou seja, à implementação de sistemas de segurança em camadas. E, por fim, vem a terceira, que se chama legado. Tem a ver, por exemplo, com os equipamentos que serão utilizados nessa proteção e a forma como eles serão atualizados ao longo dos anos para continuar garantindo a integridade da empresa diante de possíveis ataques.

Nesse sentido, a Oi Soluções vem desenvolvendo uma série de ferramentas para a proteção do varejo em relação a esses crescentes ataques, fazendo um plano de cibersegurança que vai começar pela porta mais externa da sua rede, adicionando camadas de segurança até chegar no usuário”, detalha Simões.

Outro desafio que as empresas de varejo brasileiro já estão enfrentando diz respeito à implementação das ferramentas de Inteligência Artificial (IA). De acordo com Simões, hoje a IA representa o que foi o e-commerce há mais ou menos 10 anos. Ou seja, neste momento, ainda estaria engatinhando.

“Você tem chatbots (softwares que se comunicam e interagem com usuários humanos por meio de mensagens automatizadas) muito arcaicos, que, na maioria das vezes, te dão opções bastante ruins e fracas. Essa experiência ainda não está 100% na maioria dos e-commerces do varejo digital brasileiro”, constata o executivo.

Ao mesmo tempo, o diretor de vendas da Oi Soluções salienta que há empresas evoluindo na questão da “robotização humanizada”, que está sendo chamada de “a próxima era da IA”. Para Simões, o conceito de robotização humanizada remete a ter uma experiência similar a que se pode ter com um humano. Para isso, entretanto, é preciso trabalhar para construir uma base de dados gigante e confiável dentro das empresas.

“É possuir um algoritmo que consiga ter flexibilidade de entendimento para o que realmente o cliente precisa, e não só apresentar opções e, após seis ou sete minutos, ele acabar voltando à conversa inicial porque não resolveu o seu problema”, exemplifica o diretor.

Pensando nesse cenário, a Oi Soluções lançou o IAgo, um hub de serviços de Inteligência Artificial (IA). Utilizando como motor de IA o IBM Watson, a Oi Soluções oferece a plataforma que combina diversas dimensões da IA e serviços profissionais especializados para auxiliar as empresas em suas jornadas para Inteligência Artificial, com objetivo de aprimorar seus processos de operação e prover melhorias no atendimento e experiência de seus usuários.

Com IAgo, é possível criar desde um assistente virtual cognitivo, que utiliza inteligência artificial para compreender e responder perguntas, até mesmo um gerador de conteúdos via IA generativa, criando automaticamente novos conteúdos que se baseiam em padrões aprendidos a partir de modelos pré-treinados.