Quinta edição do ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” mostra que setor deixou tempos de crise para trás. O varejo brasileiro conseguiu superar o momento mais delicado da crise econômica e vem se fortalecendo, abrindo lojas e ganhando produtividade. A quinta edição do ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), mostra que o País já conta com mais de 120 varejistas com faturamento acima de R$ 1 bilhão, 39 empresas com mais de 10 mil colaboradores e 17 com mais de mil lojas em funcionamento.
Fruto de um profundo trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC com apoio técnico da BTR-Educação e Consultoria, Varese Retail, Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV – USP) e Käfer Content Studio, a nova edição do Ranking mostra que as grandes e médias empresas tiveram em 2018 um ano de resiliência e crescimento. As 182 varejistas que estiveram presentes nas duas últimas edições do estudo apresentaram um crescimento nominal de 7,9% nas vendas, enquanto o varejo brasileiro como um todo teve uma alta de 2,2% (dados IBGE). Apenas 12% das 300 maiores empresas tiveram queda no faturamento no ano passado.
“Mesmo em um ambiente de crescimento econômico modesto, o varejo vem se expandindo, abrindo lojas, gerando empregos e aumentando sua produtividade”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC. “O varejo superou a crise e as médias e grandes empresas vêm tendo desempenho consistentemente acima da média”, completa.
Por meio de uma metodologia exclusiva, o Ranking consegue refletir as características estruturais do varejo, contribuindo para um melhor entendimento das particularidades de nosso mercado. “O estudo evidencia aspectos importantes do varejo brasileiro, como o peso do varejo regional e a relevância do franchising para o desenvolvimento dos negócios”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente e conselheiro da SBVC.
Outro ponto importante levantado pelo Ranking é a demora do varejo brasileiro em sua transformação digital. Apenas 3,4% das vendas do varejo acontecem online e 49% das 300 maiores empresas contam com e-commerce estruturado. “No varejo não-alimentar, 75% das maiores empresas já vendem online, mas pode-se reforçar a avaliação que, em relação à digitalização do varejo, os consumidores brasileiros estão se movimentando com maior velocidade que as empresas.”, analisa Serrentino.
Números relevantes:
Os principais destaques da quarta edição do Ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” são os seguintes:
- As 300 maiores empresas faturaram R$ 648,039 bilhões em 2018. Considerando as 182 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2017 e 2018, o crescimento anual foi de 7,97%, mais que o triplo dos 2,2% do varejo como um todo (PMC-IBGE);
- O GPA é o líder do varejo brasileiro na análise por grupos econômicos, com um faturamento de R$ 84,12 bilhões, o equivalente a 12,98% do faturamento das 300 empresas relacionadas no Ranking;
- O Carrefour é a maior empresa de varejo do País, com um faturamento de R$ 56,343 bilhões, ou 8,69% das vendas das maiores;
- As cinco maiores empresas de varejo responderam por 28,29% do faturamento total das empresas listadas no Ranking. As dez primeiras correspondem a 37,86% das vendas das varejistas listadas;
- O setor com maior número de empresas no Ranking é o de Supermercados, com 136 representantes, três deles no top 10 do varejo;
- O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos, com 47 empresas, é o segundo com maior presença no Ranking. Pela primeira vez, uma empresa do setor está entre as 10 maiores do varejo brasileiro (a Lojas Renner, na 10ª posição);
- As 300 empresas do Ranking empregam 1,54 milhão de pessoas, sendo o GPA Alimentar o maior empregador do varejo nacional (94 mil funcionários). Entre os dez maiores empregadores estão três supermercadistas e três redes de drogarias/perfumarias;
- Dezessete das 300 empresas listadas possuem mais de mil lojas, sendo que cinco estão em supermercados, quatro em drogarias, duas em foodservice, óticas e eletromóveis e uma em “outros segmentos” e lojas de departamentos. Das 17 empresas, seis estão entre as 10 maiores em faturamento;
- O Boticário é a empresa com mais lojas no Brasil, seguida por AM/PM, Subway, Cacau Show e Ortobom. São as mesmas cinco empresas das duas edições anteriores e todas atuam no sistema de franquias, que proporciona oportunidades para crescer com capital de investidores-empreendedores;
- Das 50 empresas líderes em faturamento por loja, 49 são supermercadistas, lideradas por Andorinha, Bergamini, Higa, Formosa e Zaffari, que alcançaram excelência na oferta de produtos e serviços para os micromercados onde atuam;
- Os sete e-commerces pure players somam um faturamento de R$ 14,68 bilhões, o equivalente a 2,26% das vendas das 300 empresas listadas. No total, 147 das 300 empresas listadas contam com operação online (eram 126 na edição passada);
- Se por um lado 49% das empresas estão online, no setor de supermercados apenas 27 das 136 empresas listadas (19,85%) contam com uma operação online;
- Das 300 varejistas listadas, 31 são de capital aberto. Esse grupo de empresas faturou R$ 261,785 bilhões (41,32% do total das 300 maiores). O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos é o que tem mais empresas de capital aberto;
- Quatro das top 10 são empresas de capital fechado. No total das 300 maiores, 269 estão nessa condição, concentradas no setor de supermercados;
- Nove das dez maiores empresas do varejo brasileiro, e 13 das 20 primeiras, têm Conselho de Administração. Considerando todas 300 empresas, 71 varejistas contam com uma estrutura de governança estabelecida, cinco a mais que em 2018;
- As 279 empresas listadas no Ranking deste ano e que têm números de lojas comparáveis entre 2017 e 2018 tiveram uma abertura líquida de 1.902 pontos de venda, um avanço de 3,2%. As 300 maiores operam 61.361 lojas.
- A empresa que mais abriu lojas foi a Raia Drogasil, com 215 unidades. Entre as 10 que mais abriram lojas, existe uma pulverização de segmentos, mostrando que a expansão dependeu mais da realidade de cada varejista do que de um “vento a favor” de algum setor específico;
- Em termos porcentuais, das 10 empresas que mais abriram lojas, sete atuam no setor de supermercados. Nenhuma dessas empresas, porém, tem mais de 40 lojas. Somente duas das 10 que mais abriram lojas relativamente ao seu tamanho contam com mais de 100 pontos de venda;
- Seis das 10 empresas que mais aumentaram suas vendas atuam no setor de Supermercados, movidas especialmente pela expansão do formato de atacarejo;
- Das 182 empresas do Ranking com faturamento comparável entre 2017 e 2018, 118 (64,83%) tiveram aumento de vendas acima da inflação de 3,75% em 2018 e somente 37 tiveram redução nominal em seu faturamento. As líderes do varejo continuam respondido de forma positiva aos desafios de uma economia em crescimento lento.
O Ranking As 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro já está disponível para download no site da SBVC: https://sbvc.com.br/ranking-300-maiores-empresas-do-varejo-brasileiro-sbvc-2019/
Fonte: Redação