Dados do Ranking SBVC mostram aumento de contratações pelo setor e mudança no perfil dos profissionais para lidar com desafios do mercado
O varejo é o maior empregador privado do País. Trata-se de um setor intensivo em pessoas, por mais que o e-Commerce e a automação das atividades no PDV busquem diminuir essa dependência. Nada indica que no futuro próximo ao varejo não continue a ter a característica de ser intensivo em pessoas: as maiores redes brasileiras operam no sistema de autosserviço, mas nem por isso deixam de empregar milhares de trabalhadores.
A edição 2020 do ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro, lançado recentemente pela SBVC, mostra que, no setor, os recursos financeiros e humanos liberados com os ganhos de eficiência vêm sendo aplicados na expansão das redes, o que amplia a oferta de empregos no setor.
As 300 maiores do varejo brasileiro fecharam 2019 empregando 1,7 milhão de pessoas e 50 delas aumentaram seu quadro de funcionários em mais de 10% no ano passado. Dessas 50 empresas, 37 estão no setor de supermercados, o que por um lado não surpreende (o segmento mais intensivo em pessoas do varejo é o que mais contrata) e, por outro, continua indicando oportunidades de crescimento das redes do setor.
A empresa com maior número de colaboradores no varejo brasileiro continua sendo o Grupo Pão de Açúcar, que fechou 2019 com 110.934 colaboradores, quase 17 mil a mais que no ano anterior. A seguir estão Carrefour, Walmart Brasil (Grupo BIG), McDonald’s, Grupo Boticário, Via Varejo, Magazine Luiza, Raia Drogasil, Lojas Americanas e Riachuelo. Entre os dez maiores empregadores estão três supermercadistas (as três maiores empregadoras), duas redes de drogarias/perfumarias e duas de eletromóveis, setores que continuam sendo fortemente dependentes de pessoas em seus processos, mesmo com os avanços em iniciativas omnichannel.
Das 181 empresas listadas no Ranking que divulgaram seu número de funcionários em 2019 e 2018, 118 mais contrataram do que demitiram (65,19% do total). Na outra ponta, 41 reduziram seu quadro de pessoal (22,65% do total de empresas), o que reflete a cautela de grande parte das empresas. Tão ou até mais importante que os números absolutos, porém, é o perfil dos profissionais contratados: especialmente nas empresas mais avançadas no processo de transformação digital de seus negócios, tem havido a contratação de mais pessoas com formações pouco usuais no varejo, como Estatística e Ciências da Computação. O varejo do futuro exige novas competências e boa parte das empresas já busca compor equipes que possam lidar com um cenário mais tecnológico.
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Fonte: Redação SBVC