Setor de eletroeletrônicos deverá manter estratégia bem-sucedida da edição passada do evento e fazer promoções de itens mais caros. Nos Estados Unidos, a Black Friday nasceu e cresceu como uma oportunidade para o varejo se desfazer dos estoques antigos e iniciar a temporada de fim de ano com produtos novos. No Brasil, o cenário é diferente: a data promocional, que começou fortemente ligada a descontos, vem se tornando uma oportunidade de apresentar as novidades do mercado, efetivamente antecipando a temporada de Natal.
“Desde 2016, o mês de novembro é mais forte que dezembro em eletroeletrônicos. No ano passado, promoções em itens de maior valor agregado mudaram a lógica da data e, em 2019, a expectativa é que a opção de oferecer mais parcelamento mantenha as vendas em alta”, afirma Felipe Mendes, diretor geral da GfK para o Brasil e a América Latina. Segundo a empresa, que estima um aumento de 4% nas vendas da data neste ano, para R$ 13,5 bilhões, a Black Friday passou a ser “O” evento para realizar desejos de consumo e comprar inovações e lançamentos de tecnologia. “Setenta e seis por cento dos consumidores já compraram em pelo menos duas Black Fridays e comprarão em 2019. É um público que abraçou a ideia da data promocional”, diz Mendes.
No ano passado, as vendas de celulares premium cresceram 20% na Black Friday em relação à média de 2018, enquanto em TVs e notebooks esse avanço foi de 8%. “Com isso, o setor de celulares aumentou o volume de vendas e mais que compensou os descontos oferecidos”, afirma o executivo. Para ele, a premiunização da Black Friday continuará em 2019, mas é preciso tomar cuidado: “vimos que no ano passado o preço promocional dos lançamentos não voltou aos patamares pré-Black Friday. Isso gera impacto sobre a rentabilidade e o valor da marca no médio prazo”, alerta Mendes.
Fonte: Redação