86% dos CEOs brasileiros vendo a disrupção tecnológica mais como oportunidade do que como ameaça
Por Redação
A vacinação em massa da população tem aumentado as expectativas sobre o fim da pandemia, com perspectivas otimistas de recuperação econômica do varejo. De acordo com a pesquisa da KPMG “KPMG 2021 CEO Outlook: Consumo e Varejo”, a maioria (58%) dos líderes varejistas do país acredita que as parcerias com provedores de dados terceirizados ganharão mais atenção, e, 42% acreditam que haverá uma dedicação maior em digitalização e conectividade de todas as áreas funcionais. Além disso, 86% dos CEOs brasileiros vendo a disrupção tecnológica mais como oportunidade do que como ameaça.
“A maioria dos líderes empresariais aprendeu lições importantes com a pandemia. Entre os CEOs brasileiros do setor, há mais interesse em promover iniciativas direcionadas para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal dos funcionários, na comparação com executivos de outros países. Outro ponto relevante está na importância de otimizar operações e evitar falhas na cadeia de fornecedores como forma de antever futuras crises. Essa preocupação é duas vezes maior em Consumo e Varejo do que nos demais setores”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.
A pesquisa destacou também que para a ampla maioria (86%) dos CEOs brasileiros do varejo, o cenário atual promoveu a alteração do foco para o componente social da ESG. Ainda assim, dois desafios foram destacados por um terço (29%) dos respondentes brasileiros: a ausência de uma estrutura global aceita para medir e divulgar desempenho em ESG, e a descrença sobre o greenwashing (ato de empresas que se dizem sustentáveis mas que não realmente adotam alguma prática para o meio ambiente) das divulgações de performance do tema.
Os líderes do setor também apostam em aquisições e parcerias para alavancar o crescimento, já que o otimismo sobre a economia gerou uma visão diversificada sobre planos de crescimento. Entre os brasileiros, 14% dos CEOs estão interessados em fusões e aquisições nos próximos três anos. As joint ventures (parceria de empreendimento feita por duas empresas por um tempo limitado, sem que cada uma perca a sua identidade) também são importantes para o setor no Brasil, com 29% dos respondentes interessados nessa estratégia. Já o crescimento orgânico foi a escolha de 14% dos CEOs varejistas brasileiros.
Conduzida no setor varejista durante meses de junho e de julho deste ano, a pesquisa “KPMG 2021 CEO Outlook: Consumo e Varejo” registrou a participação de 7 CEOs brasileiros, 31 sul-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela), e 149 do grupo denominado “Core Countries” (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido).
Fonte: Super Varejo