Como o varejo vê o futuro da indústria em um tempo de forte mudança? Em apresentação da NRF 2018, o maior evento de varejo do mundo, que acontece nesta semana, em Nova York, Kate Ancketill, CEO de tendências de varejo da GDR Creative Intelligence, afirma que é preciso ativar agora o “pensamento de plataforma”, segundo o qual o varejo oferece diversas experiências e produtos através de um número sem precedentes de canais.
Tendências como a fragmentação de mercado, mudança de comportamento do consumidor e crescimento da experiência em detrimento ao produto estão de fato mudando o varejo. Para a especialista, varejistas devem se adaptar sendo mais do que varejistas.
“Os varejistas melhor posicionados no futuro serão aqueles que adotam uma definição mais expansiva do varejo e que abrem sua mente para o que o varejo pode ser”, afirmou a especialista durante sua apresentação.
Para ela, varejistas de todos os tamanhos devem pensar como a Amazon, ou seja, como uma plataforma. “A máquina do varejo está quebrada e é preciso que o varejo construa algo que é mais dinâmico, adaptável e que responda a um mercado fragmentado”.
A especialista lista três formas para que o varejo expanda sua visão e adote o “pensamento de plataforma”.
1. Ofereça novos canais e contextos
Os varejistas estão apreendendo novos canais, locações e momentos para renovar a jornada dos consumidores. Por exemplo: existem empresas que fizeram parceria com a GM e seu marketplace para permitir a venda de 4 milhões de carros; enquanto a Lufthansa trabalha com uma cadeia de mercearia para oferecer compras durante o voo e receber as compras em casas e ter a despensa completa assim que retornarem para casa.
2. Vá além das suas competências tradicionais
Existem varejistas que se moveram rápido e oferecem categorias que vão além do esperado. A varejista francesa de decoração Castorama vende papel de parede que se conecta com um tablet que possui um sistema de interação para crianças e pais. O BuzzFeed agora oferece uma placa de aquecimento inteligente que ajuda os consumidores a prepararem pratos com base nos dados de receita do Tasty, que tem mais de 107 milhões de usuários.
3. Foque em lifestyle
Muitos varejistas estão oferecendo experiências únicas focadas em lifestyle para atender a uma demanda dos consumidores. O Cotopaxi, marca de roupas de inverno para atividades ao ar livre, oferece aos consumidores acesso a eventos que abraçam o foco da marca em atividades ao ar livre e com propósito sociais. A britânica John Lewis oferece um serviço de concierge que conecta consumidores a aulas sobre moda e tecnologia.
Esses exemplos mostram como o varejo deve pensar em plataforma: oferecendo uma variedade de experiências, ofertas e canais. O resultado é um varejo mais excitante e diverso em que o varejo está puxando as barreiras do que eles oferecem e fazem.
Fonte: Novarejo